Ciências Sociais e Humanas

Antropologia

 

História da Antropologia

 

Autor: Alzira Simões (Professora Universitária)

Contributos: sem contributos... se é especialista nesta matéria, ajude-nos a enriquecer o nosso site... contacte-nos para knoow.net@gmail.com

Data de criação: 06/09/2009

Resumo: O que significa o vocábulo antropologia; apresentação da história da antropologia...  ver artigo completo

Palavras chave:  antropologia, história

Comente ou leia outros comentários a este artigo

 

 

Antropologia, História da

| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z |

|01|02|03|04|05|06|07|08|09|10|11|12|13|14|15|16|17|18|19|20|21|22|23|24|25|

HISTÓRIA DA ANTROPOLOGIA

POR: Alzira Simões

 

Os pontos principais da teoria social de Ferguson são:

- a distinção entre lei física e lei moral, sendo esta uma generalização de valores e normas de conduta e possuindo um caracter mais geral do que a própria lei (a lei moral condiciona a lei em si e os costumes);

- a "divisão social do trabalho" - Ferguson deu a esta noção um sentido fundamentalmente idêntico ao de Adam Smith, no entanto, foi mais além na medida em que perspectivou as consequências ao nível social da especialização. Na sua opinião, esta continha a possibilidade de uma anomia ou ruptura moral da sociedade através do desenvolvimento de expectativas morais cada vez mais diferenciadas perdendo-se o sentido dominante de pertencer à comunidade;

- e a história sob um ponto de vista cepticista. "No campo da filosofia histórica Ferguson comunga mais pontos de vista com Mostesquieu do que com Smith, na medida  em que considerava, por um lado, que a história era um progresso constante mas não um projecto (isto é, a caminhada ascendente não estava previamente planeada), ou seja, ele não atribuia à evolução, em geral, um sentido ortogénico[1] e, por outro, que não havia nenhuma escala absoluta de complexidade social, logo o seu esforço direccionou-se para o estabelecimento de comparações ao nível regional.

 

Immanuel Kant (1724 - 1804) nasceu em Konisberg (pertencente então à Prússia Oriental) onde passou toda a sua vida.

A filosofia de Kant situa-se entre o empirismo e o racionalismo, na medida em que não aceitava nem um nem outro de uma forma pura.

A preocupação central deste autor foi a de encontrar um critério de objectividade para o conhecimento humano, o caminho para estabelecer a verdade. Para isso, tentou determinar a possibilidade dos juízos sintéticos à priori. O Homem ordena a experiência em função de uma série de intuições que não derivam desta e não podem submeter-se a demonstração empírica. Estas intenções ou juízos sintéticos à priori são: o espaço, o tempo e a causalidade. O conhecimento é, simplesmente, uma aplicação destas categorias ou conceitos à priori à percepção dos sentidos, não se estendendo ao que está para lá dos fenómenos, quer dizer aos númenos ou coisas em si;

A teoria antropológica de Kant:

Para este filósofo "Antropologia" significava o estudo do homem ou da alma feito através dos sentidos internos (da introspecção); baseava-se na distinção entre o eu como coisa em si ou númeno e o eu como fenómeno. A unidade transcendental - eu enquanto númeno - é apenas acessível através da introspecção, enquanto o eu fenómeno pode ser objecto de estudo empírico. Através deste breve resumo acerca da antropologia ou fisiologia de Kant podemos constatar que, neste âmbito ele introduziu poucas noções.

A teoria social de Kant está baseada no conceito de Progresso, o qual tem como origem o conflito interno entre a sociabilidade do homem e o seu egoísmo. Este autor teorizou um progresso político, o qual culminaria numa organização política perfeita, e um progresso moral. As etapas do desenvolvimento moral do homem são a anomia, a heteronomia e a autonomia. No estado anómico, o homem "primitivo" apenas obedecia aos seus impulsos (procura de alimentos, água, etc..), às suas necessidades. Entrou-se na heteronomia ou civilização quando os indivíduos alienaram o seu estado natural em favor da aceitação de uma lei moral imposta de fora. Este último estádio dá lugar ao seguinte, ou à autonomia, quando o indivíduo  obedecerá somente a uma lei imposta por ele mesmo - o imperativo categórico.

 

[1] O conceito de evolução com um sentido ortogenético significa que se concebe "evolução" como um projecto com um fim específico a realizar.

 

|01|02|03|04|05|06|07|08|09|10|11|12|13|14|15|16|17|18|19|20|21|22|23|24|25|

 

Excerto do artigo científico: História da Antropologia