Ciências Sociais e Humanas

Antropologia

 

História da Antropologia

 

Autor: Alzira Simões (Professora Universitária)

Contributos: sem contributos... se é especialista nesta matéria, ajude-nos a enriquecer o nosso site... contacte-nos para knoow.net@gmail.com

Data de criação: 06/09/2009

Resumo: O que significa o vocábulo antropologia; apresentação da história da antropologia...  ver artigo completo

Palavras chave:  antropologia, história

Comente ou leia outros comentários a este artigo

 

 

Antropologia, História da

| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z |

|01|02|03|04|05|06|07|08|09|10|11|12|13|14|15|16|17|18|19|20|21|22|23|24|25|

HISTÓRIA DA ANTROPOLOGIA

POR: Alzira Simões

 

A obra de Adam Smith está subdividida em: "Teoria dos sentimentos morais", "Inquérito sobre a causa da riqueza das nações" e "Ensaio de temas filosóficos".

Smith na medida em que foi um empiricista reflectido, isto é, situou-se entre o método dedutivo (do particular para o geral) e o indutivo (do geral para o particular), filiou-se ao mesmo tempo em Descartes e Newton. Este empiricismo reflectido exprimiu-se por uma intenção de explicar, não sistemas globais de sociedades, mas somente o modus operandi (modo de funcionamento) de um tipo particular de economia que foi a ocidental.

No domínio da filosofia da história Smith buscou influências de Rousseau, Voltaire e do "Espírito das Leis" de Montesquieu.

Para o autor da Riqueza das Nações, o Homem é um ser activo, disposto ao melhoramento constante das suas condições de vida. No entanto, o desenvolvimento está dependente de condicionalismos geográficos. Por exemplo, aqueles que se encontram isolados ou cujo acesso era difícil estavam condicionados à estagnação.

Smith postulou quatro estádios de desenvolvimento económico: caça, pastorícia, agricultura e comércio. A cada um deles corresponderia um estado de organização social. Esta ideia revela um determinismo económico. O estado mais rude estava represcutado nas tribos da América do Norte e a fase pastoril nos Tártaros e nos Arábes. Para fazer esta classificação o autor baseou-se nos dados fornecidos por Ibn khaldoun.

Em termos de história económica europeia, Smith faz remontar a fase agro-pastoril aos coloniae romanos, e aos pastores germanos.

Segundo Murray Leaf, Smith denota também uma proximidade com Montesquieu ao nível da noção de divisão do trabalho a qual, significava, para aquele autor, "uma diferenciação social ordenada, elaborada por indivíduos que perseguem seus próprios fins, estabelecendo padrões de interdepen-dência e não de autoridade e criando uma ordem social geral através da intervenção do que Smith chamava de mão invisível".

David Hume nasceu na Escócia em 1711 e morreu em 1776. Os seus escritos compreendem um leque de assuntos bastante vasto: economia, política, história, estética e um grupo que poderíamos reunir sob o tema geral de Sociologia.

A obra de Hume é relevante para a Antropologia devido à importância que atribuía ao estudo da história, por um lado e, por outro, graças ao novo sentido que deu ao conceito de experiência.

Enquanto filósofo céptico, Hume insistiu na relevância do estudo da história para a compreensão da experiência humana e enquanto "moralista" formulou um sistema de leis históricas do comportamento ou leis que explicavam  as transformações básicas do mesmo.

O conhecimento da relação causal não é alcançado por raciocínios a priori mas, tem a sua origem na experiência, isto é, da observação repetida de uma recorrência na ligação entre dois fenómenos. Portanto, para Hume experiência não significava apenas observação empírica da relação entre dois factos, mas a observação repetida dessa mesma ligação.

Esta nova concepção de "experiência" teve implicações ao nível da ciência, pois obrigou a que a ampliação de conhecimentos consistisse num processo de novas in-vestigações orientadas para o estabelecimento de novas conjugações constantes.

Adam Ferguson "combinou (...) o espírito crítico de Hume e o espírito histórico de Mostesquieu" (in: p. 766, Enciclopédia Internacional de Las Ciencias Sociales, vol. 4).

Ferguson publica, em 1967, History of Civil Society, obra que lhe deu projecção no meio intelectual, dentro e fora do seu país, e na qual expõe a sua filosofia social e moral.

O objecto central da filosofia moral de Ferguson é a natureza humana. Para este moralista, o homem é um animal racional e, portanto, capaz de uma evolução moral, é inteligente e activo, logo capaz de fazer aumentar os seus recursos, de construir progresso. Por outro lado, o homem é, simultaneamente, indivíduo e membro de uma comunidade, que lhe fornece as normas de conduta (isto é, as ferramentas que ele necessita para se movimentar em sociedade), constitui o fim último das suas acções e o meio através do qual o indivíduo sente-se pertença do todo.

 

|01|02|03|04|05|06|07|08|09|10|11|12|13|14|15|16|17|18|19|20|21|22|23|24|25|

 

Excerto do artigo científico: História da Antropologia