Ciências Sociais e Humanas

Antropologia

 

História da Antropologia

 

Autor: Alzira Simões (Professora Universitária)

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Data de criação: 06/09/2009

Resumo: O que significa o vocábulo antropologia; apresentação da história da antropologia...  ver artigo completo

Palavras chave:  antropologia, história

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Antropologia, História da

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HISTÓRIA DA ANTROPOLOGIA

POR: Alzira Simões

 

A obra de Rousseau (1712 - 1778) teve um grande impacto entre a classe intelectual da sua época e entre autores posteriores como Kant, Hegel, Comte e Durkheim. Esta não pode ser analisada como um todo na medida que possui, simultaneamente, argumentos dualistas e monistas. Ele foi um céptico pelo facto de ter construído a história da sociedade baseado nas diversas fases que o indivíduo passa - fase infantil, adolescente, adulta. Paralelismo entre desenvolvimento humano e social. Pode-se, simultaneamente, considerar a sua obra como dualista, na medida em que definiu sociedade - a qual era, segundo ele, sinónimo de vontade geral tendo como base 2 dicotomias: vontade versus razão e particular versus geral[1].

A sociedade, como vontade geral, era uma noção operatória do investigador e não de forma alguma uma construção consciente dos indivíduos. A "vontade geral" era determinante do comportamento dos membros da sociedade, mas não redutível a eles. Para Rousseau  nem mesmo o rei poderia representar esta entidade, na medida em que o considerava  uma "vontade particular" entre as outras. A lei devia a sua validade apenas à vontade geral e a mais nehnhum poder.

"Não há utopia nem teoria política que a partir deste segundo período não tenha em conta o homem da natureza"[2] , o outro idealizado iria permitir ao ocidental pôr em questão a sua cultura. Dentro daqueles que o fizeram destacam-se: T. Hobbes, J. Locke e J.-J.Rousseau. Este último desenvolveu o seu modelo de homem natural em Émile (1762). Por outro, "estas interpretações racionalistas da vida em sociedade implicavam, pelo menos sumariamente, a ideia de um desenvolvimento da vida da humanidade".

Em Hobbes, a consideração de um estado de natureza onde há cerceamento de direitos e um estado de civilização onde a razão substitui a vontade envolve uma ideia de evolução, ainda que embrionária, não consciente ao autor.

Em Rousseau a ideia de desenvolvimento é já mais específica. Este autor argumentou que a sociedade se encontrava em progresso, isto é, num processo crescente de complexificação, de afastamento da simplicidade e integridade naturais.

Como síntese da tradição dualista ou racionalista poder-se-á dizer que todos os autores aqui referidos, quer fossem idealistas quer empiristas - ao nível do objecto - concebiam o indivíduo e as relações que este mantinha com o mundo, postulando um outro mundo além do indivíduo e das percepções. Ao nível do método eles utilizavam a dedução como forma de demonstração.

 

[1] O conceito de vontade geral de Rousseau vai ter o seu paralelo em Durkheim com o conceito de consciência colectiva.

[2] M Leaf - op. cit. p. 34.

 

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Excerto do artigo científico: História da Antropologia