Terras e Locais Aldeias, Vilas e Cidades de Portugal
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Pendilhe (Freguesia de Pendilhe)
Autor:
Marcos Mendes
(enviado por Rui Bruno) Contributos: Este verbete não recebeu quaisquer contributos. Se é especialista nesta matéria e acha que pode melhorar esta página contacte-nos para o nosso mail: knoow.net@gmail.com. Resumo: ... ver mais Palavras chave: Aldeias, Vilas, Cidades, Lugares Comente ou leia comentários a este conceito |
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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA A freguesia de Pendilhe, com uma área aproximada de dezoito quilómetros quadrados, fica situada nas terras do "Alto Paiva", sendo constituída pelas povoações de Pendilhe, Algodres de Baixo, Algodres de Cima , Prefadeira e Escaleira. Pertence ao concelho de Vila Nova de Paiva, Comarca de Castro Daire, Distrito de Viseu e Diocese de Lamego, tendo como limite as povoações de Granja (freguesia de Mões), Mões, Canado (freguesia de Mões), Meieiras (freguesia de Vila cova à Coelheira), Vila Cova à Coelheira, Carvalha (freguesia de Vila Cova à Coelheira), Cascano (freguesia de Vila Cova à Coelheira), Almofala, Cujó e São Joaninho. É banhada pelas águas do Rio Mau, afluente do Rio Paiva, e do Rio da Pedrinha, afluente do primeiro e subafluente do segundo. Está inserida na Região de Turismo "Dão Lafões". Dista cerca de 13 Km da sede do concelho, sendo atravessada pela Estrada Nacional 225.
HISTORIAL As origens do nome "Pendilhe", foram objecto de investigação por parte de vários investigadores e historiadores. Segundo Joseph. M. Piel, o seu nome será, certamente, um genitivo, cuja terminação, -ilhe, é frequentíssima em nomes germânicos. Acrescenta, ainda, este autor, que tal terminação, na maioria dos casos, representará o genitivo -elli, do sufixo latino. -ellus, o qual tomou o lugar do gótico -ila, -ilo, havendo, também, casos onde a antiga terminação -illi está por -hildi, germânica. Todavia, o elemento inicial não é apresentado pelos filólogos entre os de origem germânica (talvez de paida, forma "não genuinamente gótica, por se tratar de uma das importações do grego", de acordo com o referido autor, ou de pund, de origem latina), sendo, por isso, duvidoso que se trate de topónimo de origem germânica. As inquirições dos meados do século XIII revelam que a "vila" rural de Pendilhe (então, Pendili) era, nessa altura, de cavaleiros-fidalgos por património e avoenga. Não se diz quem seria, então, o seu possuidor, nem o nobre que primeiro fora senhor dela, contudo, não restarão grandes dúvidas que, na primeira metade do século XII, houvesse sido o célebre Egas Moniz, devido ao facto de o lugar estar situado em território lamecense, do qual fora tenente. Outra razão, prende-se com o facto de tal território estar circundado de terras que foram da sua pertença e de seus descendentes. A coroa não possuía aqui foro algum, o que despertou a natural curiosidade dos inquiridores, levando-os a questionar se a "vila" era couto, sendo respondido que não, mas que nunca aí se vira dar à coroa qualquer foro, tal como revela o excerto do "julgado a que respondem" os habitantes, de 1258: "Joanes Martini de Pendili... dixit quod de villa de Pendili, que est militum ex avolenga et patrimonio, nullum forum faciunt Regi. Interrogatus si est cautus, dixit non. Interrogatus quomodo non faciunt forum Regi, dixit quod non vidit unquam facere Regi forum. Interrogatus cui judicatui respondent, dixit quod habent judicem per se, sed non per Regem". A "vila" de Pendilhe é, deste modo apresentada com uma certa independência relativamente à Coroa, até na administração da própria justiça, sendo o Juíz da terra posto e escolhido pelos próprios moradores ("... habent judicem per se, sed non per regem").
Aproveitou do foral Manuelino dado a
Aveloso a 21 de Abril de 1514, como consta no "Livro dos Foraes novos da
Beira":
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