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Quem é Jesus Cristo e o que representa para os
Cristãos
Para os cristãos, Jesus Cristo é não
apenas a figura central da sua religião como é considerado o próprio
Filho de Deus, uma das pessoas da Santíssima Trindade. O próprio
qualificativo Cristo (do grego
Christos que significa ungido e que tem no hebreu o equivalente
Mashiar que significa messias) mostra bem a fé existente na sua
divindade. Para os cristãos, Jesus é a verdadeira demonstração do amor
de Deus pelo mundo e pelos Homens e representa o cumprimento das
promessas feitas através dos profetas do Antigo Testamento sobre a vinda
de um salvador.
A vinda de Jesus marca, segundo os
cristãos, o grande ponto de viragem de toda a história da humanidade.
Esta ideia foi mesmo oficializada quando, no séc. VI, um monge chamado
Dionísio, tornou como referência para a contagem das datas o ano de
nascimento de Jesus.
A história da vida de Jesus
Tudo o que se sabe sobre a vida de Jesus é
o relatado nos quatro Evangelhos do Novo Testamento: o Evangelho de
Mateus, Evangelho de Marcos, Evangelho de Lucas e Evangelho de João.
Além dos quatro Evangelhos existem também algumas referências dispersas
a Jesus em documentos escritos por historiadores judeus e romanos que,
apesar de comprovarem a existência real de Jesus, pouco acrescentam às
informações contidas no Novo Testamento.
Nascimento de Jesus
O nascimento de Jesus é relatado quer pelo
Evangelho de Mateus, quer no Evangelho de Lucas e ambos o descrevem como
um acontecimento miraculoso. Segundo estes dois Evangelhos, Jesus terá
sido concebido miraculosamente pela Virgem Maria, noiva de José,
descendente de David, e terá nascido em Belém durante o reinado de
Herodes o Grande. No Evangelho de Mateus o nascimento de Jesus é
realçado com o surgimento de uma estrela que guia desde o oriente três
magos que viajam até Belém para adorar a Jesus. Já no Evangelho de Lucas
é dado realce à humildade do nascimento de Jesus e conta-se que apesar
da sua divindade, o seu nascimento foi anunciado aos humildes pastores e
não aos poderosos.
Desde o nascimento até à vida pública
Da infância e juventude de Jesus pouco se
sabe, a não ser que foi criado em Nazaré, uma pequena aldeia na
Galileia. Apenas no Evangelho de Lucas é contada a sua viagem a
Jerusalém por altura da Páscoa quando teria 12 anos. No momento do
regresso a Nazaré, Lucas conta que Jesus terá ficado para trás a
discutir entre os doutores do templo. A partir daí, e durante os 18 anos
seguintes, apenas se sabe que aprendeu com seu pai José a arte de
carpinteiro numa pequena oficina da família na Nazaré.
A
pregação de Jesus
O grande ponto de viragem na vida de Jesus
deu-se quando teria cerca de 30 anos. Nessa altura, um profeta seu
parente chamado João Batista, começara a pregar, na região ao longo do
rio Jordão, a aproximação do julgamento de Deus, aconselhando todos a
arrependerem-se e baptizando as pessoas nas águas do Jordão em
preparação para o julgamento divino. Foi nessa altura que Jesus decide
abandonar Nazaré e rumar para sul ao encontro das multidões que então já
procuravam João Baptista para serem baptizadas. Ao reconhecer Jesus como
o Messias, João ter-se-á recusado a baptiza-Lo mas este insistiu para
que foi cumprida a justiça. Depois do episódio do baptismo, Jesus
ter-se-á ausentado para o deserto durante 40 dias onde foi sujeito a uma
série de provações.
A partir daí, começaram-se a juntar a
Jesus os primeiros discípulos: o primeiro foi um pescador da Galileia
chamado André, seguindo-se o seu irmão Simão a quem Jesus alterou o nome
para Pedro (Pedra). Em pouco tempo juntaram-se diversos outros: primeiro
um núcleo de 12 discípulos mais próximos de Jesus e depois um leque mais
alargado que no final do seu ministério andaria pelos 120.
Segundo o Evangelho de João, Jesus terá
regressado pouco depois à Galileia e aí, durante o banquete de um
casamento, Jesus terá demonstrado pela primeira vez o seu poder sobre a
natureza transformando água em vinho (ver o Milagre da transformação da
água em vinho). Após este episódio, Jesus passou estar constantemente em
viagem servindo e ensinando as pessoas nas suas próprias aldeias e
cidades, entrando directamente nas suas vidas e partilhando os seus
sofrimentos e as suas alegrias. A autoridade e a clareza com que falava,
a utilização de parábolas e de pequenas histórias para exemplificar os
seus ensinamentos e os numerosos casos de curas milagrosas rapidamente
convenceram todos os que o rodeavam sobre a sua natureza divina.
A condenação, morte e ressurreição de
Jesus
Após cerca de três anos de pregação, e
sentindo-se ameaçados pela mensagem profética trazida por Jesus e a sua
crescente influência sobre o povo, os líderes judeus, entre os quais
Caifás, sumo sacerdote nomeado pelos romanos, resolvem julgar e condenar
Jesus à morte. Após a condenação pelos líderes religiosos judeus, Jesus
é levado ao governador romano Pilatos, o qual teria a última palavra.
Apesar de acreditar na inocência de Jesus, para não contrariar a
pretensão dos judeus, Pilatos terá lavado as mãos do assunto e mandado-O
flagelar e crucificar de acordo com a tradição judaica. Tal terá
acontecido na sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. Ao por do sol o
corpo de Jesus é retirado da cruz e levado para um túmulo por um dos
seus discípulos, José de Arimateia.
Ao terceiro dia, na manhã do Domingo de
Páscoa deu-se então o acontecimento central para todos os cristãos: a
ressurreição de Jesus. Ao visitarem nessa manhã o túmulo, um grupo de
três mulheres terão encontrado a pedra que o tapava retirada do local.
De seguida, e segundo os vários relatos dos Evangelhos, Jesus terá
aparecido por diversas vezes aos seus discípulos: primeiro a Maria
Madalena, depois a Pedro e depois aos restantes Apóstolos reunidos numa
sala. É a partir do acontecimento da ressurreição e após Jesus ter
ordenado aos seus Apóstolos que partissem a ensinar em todas as nações
que verdadeiramente nasce o cristianismo.
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