Conceito de Ovócito
Os ovócitos, que são considerados
os gâmetas femininos, são produzidos nos ovários
no decorrer da oogénese. Durante o
desenvolvimento embrionário, as oogónias sofrem
mitoses dando origem a milhares de oogónias. Estas depois atravessam
uma fase de crescimento, passando a designar-se por ovócitos I, e
o seu desenvolvimento é interrompido ainda antes do nascimento da
mulher, ficando os ovócitos I em profase I. Depois da puberdade,
os ovócitos I retomam o seu desenvolvimento, acumulando reservas
nutritivas e retomando a primeira divisão meiótica que estava parada em
prófase I. Nesta altura, o ovócito denomina-se por ovócito II
e no seu espaço perivitelino está presente o primeiro glóbulo polar,
resultante da finalização da primeira divisão meiótica. O ovócito II
é então expulso do ovário para a trompa
(fenómeno conhecido por ovulação), onde poderá ocorrer a
fecundação. Caso o ovócito II seja
fertilizado, este terminará a segunda divisão meiótica (pois no momento
da ovulação o ovócito encontra-se em
metafase II), e ocorre a libertação do segundo glóbulo polar. Caso não
ocorra fecundação, o ovócito II
acaba por degenerar, sem completar a segunda divisão da meiose.
O ovócito é revestido por uma
camada externa à membrana citoplasmática designada por zona pelúcida.
Esta é uma matriz acelular composta por glicoproteínas, hidratos de
carbono e proteínas específicas e desempenha um papel essencial a nível
funcional e estrutural, pois permite a ligação do espermatozoide ao
ovócito e impede a penetração de mais do que um gâmeta masculino,
evita que os blastómeros do embrião se separem e facilita o percurso
deste pelas trompas até ao útero, evitando que a implantação aconteça
antes do embrião chegar à cavidade uterina. Para além destas funções, a
zona pelúcida também impede o contacto do embrião com outras células,
como microrganismos e células imunitárias maternas. O espaço
perivitelino corresponde à distância entre a zona pelúcida e a membrana
citoplasmática do ovócito e que é variável. Mesmo após a
ovulação, o ovócito II é rodeado pelas
células da corona radiata, que se desenvolveram durante a
oogénese. Estas células desempenham um papel
importante na regulação hormonal do ciclo ovárico, uma vez que possuem
recetores hormonais.
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