Conceito de Oogénese
Oogénese
é um conjunto de fenómenos que ocorre nos ovários e conduz à formação
dos gâmetas femininos. É um processo que ocorre simultaneamente com a
evolução dos folículos ováricos e que tem início durante o
desenvolvimento embrionário da mulher e fim na menopausa. Podem
diferenciar-se três fases deste processo: fase de multiplicação, fase de
crescimento e fase de maturação. A fase de multiplicação e de
crescimento passam-se antes do nascimento.
A fase de multiplicação
ocorre
durante o desenvolvimento embrionário quando as células germinativas
migram para os ovários e multiplicam-se por mitoses sucessivas
produzindo as oogónias, células diploides.
Na fase de crescimento as
oogónias crescem muito acentuadamente através de substância de reserva,
as mesmas que caso haja fecundação
assegurarão
a nutrição do ovo nos primeiros dias de desenvolvimento. Originam-se
assim os oócitos I, células diploides.
Muitos dos oócitos I
degeneram
durante a vida intrauterina, uma criança nasce com cerca de 2 milhões de
oócitos I e não ocorre nova produção, ou seja, à nascença a mulher
contém já toda a sua reserva ovárica. Aquando da puberdade existem cerca
400 mil e apenas cerca de 450 irão completar a sua evolução enquanto os
restantes degeneram.
Após a
nascença
os oócitos não degenerados iniciam a fase de maturação com a
primeira divisão da meiose que fica bloqueada em prófase I, ficando
assim os oócitos inativos desde o nascimento até à puberdade. Aí, com o
início dos ciclos ováricos, a meiose continua, e em cada ciclo ovárico,
regra geral, apenas um oócito I completa a primeira divisão meiótica
originando duas células haploides, o oócito II e o primeiro
glóbulo polar, o oócito de grandes dimensões e o glóbulo muito pequeno.
Aquando
a realização de tratamentos de fertilidade é através da existência do
primeiro glóbulo polar que se determina se o oócito está maduro e pode
ser utilizado para fertilização.
De
imediato
o oócito II entra na segunda divisão meiótica que fica boqueada em
metáfase II, momento no qual ocorre a libertação para o oviduto –
ovulação. Este bloqueio só se desfaz caso exista fecundação onde a
entrada do espermatozoide estimula a finalização da meiose originando o
oócito II, de grandes dimensões, e o segundo glóbulo polar, bem mais
pequeno e que acabará por degenerar tal como o primeiro. Caso não haja
fecundação o oócito será expulso juntamente com o tecido endometrial
durante a menstruação.
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