Conceito de Enurese
A enurese encontra-se
juntamente com a encoprese nas perturbações
esfincterianas, isto é, nas dificuldades em controlar os esfíncteres.
Com a idade, a criança passa de um comportamento esfincteriano reflexo
automático para um comportamento voluntário controlado. No caso da
enurese, esta caracteriza-se pela emissão activa completa e não
controlada de urina após a idade fisiológica prevista para que haja esse
controlo – por volta dos 3 e os 4 anos. Existe ainda a enurese
secundária que é caracterizada pela existência de um período anterior de
higiene transitório e a enurese nocturna que é de todas a mais
frequente. Esta problemática atinge cerca de 10 a 15% das crianças,
sendo a sua predominância mais elevada nos rapazes. A emissão de urina
pode ocorrer durante o dia e durante a noite, na cama ou nas roupas,
sendo na maioria dos casos involuntária, mas podendo também ocorrer de
forma intencional. O diagnóstico de enurese deverá ser feito quando os
episódios ocorrem com uma frequência de 2 episódios semanais durante
pelo menos 3 meses consecutivos, a criança deverá ter pelo menos 5 anos.
A enurese limita a criança nas suas atividades sociais (como por exemplo
dormir fora de casa) e tem efeitos negativos na auto-estima, podendo
ainda levar a problemas mentais mais graves. O tratamento desta
problemática vai depender do contexto psicológico, no entanto a maioria
das enureses desaparecem na segunda infância. Assim o tratamento passará
pela correcção das medidas educativas prejudiciais como o excesso de
precaução ou aprendizagem demasiado precoces ou tardias. A moderação no
consumo de bebidas à noite, higiene de vida para as crianças. Todas as
medidas requerem a participação da família e a participação e motivação
da criança, informando-a acerca do funcionamento urinário
desmistificando o sintoma à criança.
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