Conceito de Senso Comum
A expressão senso comum (também designado
por pensamento comum ou por conhecimento vulgar) corresponde a um dos
níveis de conhecimento e designa o conhecimento espontâneo que temos das
coisas que nos rodeiam e das quais estamos próximos no nosso dia-a-dia.
Este tipo de conhecimento é precisamente o resultado da familiaridade do
indivíduo com uma realidade que enfrenta directamente e que permite
pensamento comum. É geralmente muito superficial e com um forte cariz
prático, sendo partilhado por todos numa determinada cultura e
transmitido de forma acrítica de geração em geração.
Apesar das vantagens do senso comum, nomeadamente
porque permite ao homem orientar-se no mundo, manejar as coisas e
resolver os problemas mais prementes e imediatos do quotidiano, um
conhecimento deste tipo apenas permite captar o "mundo da aparência" e
não o "mundo real". De facto, as ideias elementares e os juízos
superficiais apenas permitem chegar à aparência das coisas; apenas as
ideias abstractas e os juízos mais profundos permitem chegar à sua
realidade. Avançar da aparência das coisas para a sua realidade
constitui assim o grande objectivo do acto de conhecer. Se nos ficarmos
pelo conhecimento das aparências (o nível do senso comum), o
conhecimento será sempre imperfeito e incompleto.
Podemos assim caracterizar o senso comum
como o conhecimento que:
. parte de analogias que muitas vezes nada
têm de lógico;
. generaliza sem que as suas conclusões ou
deduções possam ser consideradas correctas;
. apesar de ter um objectivo concreto,
traduz um conjunto incompleto de actos de conhecimento;
. não aspira ao conhecimento
universalmente válido nem atinge a realidade profunda das coisas.
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