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Biografia de René Descartes
Oriundo de uma família burguesa abastada e nascido em
La Haye, em França, em Março de 1596, René Descartes é considerado como
um dos maiores filósofos de sempre. A ele se deve a célebre frase
"cogito, ergo sum" ("penso, logo existo".
Resumo Biográfico
Nascido no seio de uma família burguesa
abastada, teve à sua disposição os recursos materiais suficientes para
que pudesse viver sem necessidade dos rendimentos do trabalho. Com
apenas dez anos um colégio dirigido por padres jesuítas, o Colège Royal
de la Flèche, considerado como um dos melhores estabelecimentos de
ensino da época. Com 18 anos deixa o colégio para se matricular no curso
de Direito em Poitiers, completando a sua licenciatura em 1616.
Dedica-se então à carreira militar, alistando-se no exército protestante
holandês de Maurício Nassau, onde conhece o sábio Isaac Beeckman. Passa
depois pela Dinamarca e daí para a Alemanha onde se alista nas tropas
católicas do duque Maximiliano da Baviera.
Em 1619, supostamente após uns sonhos,
toma consciência da sua verdadeira vocação de intelectual e abandona a
carreira militar. Inicia então um período de viagens pela Alemanha e
Holanda, regressando a França em 1622. Em Paris conhece o escritor
Jean-Louis Guez (de Balzac) e cientistas como Morin, Mydorge e
Villebressien. Convive também com o Padre Marsenne, homem muito
interessado pelo saber e pelo culto, com quem Descartes mantém vasta
troca de correspondência acerca da sua filosofia. É também durante este
período que trava conhecimento com o Cardeal Pierre de Bérulle, homem
extremamente influente, que convida Descartes a efectuar a defesa
metafísica dos princípios religiosos.
Em 1628, escreve a sua primeira obra (em
latim), "Regulae ad Directionem Ingenii" (Regras para a Direcção do
Espírito), obra esta que viria a ser publicada apenas em 1701, cinco
décadas após a sua morte. Nela expõe a autêntica ordem da razão e o
método científico, rompendo com o método da física escolástica. Em 1637
publica o "Discours de la Méthode" (Discurso do Método) no qual critica
o método da Escolástica e e propõe uma nova orientação para a Filosofia.
Em 1633 escreve a sua obra de Física, "Le Monde", mas cuja publicação
viria a ser adiada tarde devido à notícia da condenação de Galileu. Em
1641 publica as "Meditationes de Prima Philosophia" (Meditações sobre a
Filosofia Primeira) onde procura dar uma fundamento sólido à ciência e
responder ao ateísmo céptico e libertino. Em 1644 escreve outra obra
célebre, esta em forma de manuais, "Principia Philosophiae" (Princípios
de Filosofia), com a qual tenta impor nas escolas a sua filosofia em
substituição da filosofia escolástica.
Em 1649 viaja para Estocolmo a convite da
rainha Cristina da Suécia, cidade onde viria a falecer no ano seguinte,
vítima de pneumonia.
Principais obras publicadas
Publicadas durante a sua vida
. Discours de la Méthode
(1637)
. Meditationes de Prima Philosophia (1641)
. Principia Philosophiae
(1644)
Publicadas após a sua morte
. Musicae Compendium (1650)
. Lettre Apologétique (1656)
. De Homine (1662)
. Le Monde ou le Traité de la Lumière (1664)
. Traité de la Formation du Foetus
(1664)
. Traité de la Mecanique (1668)
. Regulae ad Directionem Ingenii (1701)
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