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Conceito de Absurdo
A palavra absurdo deriva do Latim,
absurdus (de surdus = surdo) e que significa discordante. Os
seus significados comum e filosófico é muito próximo: enquanto o seu
significado comum aponta para algo que é contrário ao senso-comum, a
filosofia refere o absurdo como algo que não tem sentido, isto é, sem
valor de verdade. Já a lógica
atribui ao termo absurdo, o significado de algo que contém uma
contradição. De acordo com o existencialismo, o próprio mundo é absurdo,
visto não ter sentido.
É com Schopenhauer, no séc. XIX, que o
conceito de absurdo é trazido para a discussão filosófica. Para
Schopenhauer, a própria vida é um absurdo, na medida em que não tem
outra razão de ser para além de um "querer viver" sem sentido. É esta
tomada de consciência de como a vida e o mundo é absurdo que, na sua
opinião, justifica o pessimismo e o desprendimento. Pelo contrário,
Camus, considera que a tomada de consciência da absurdidade do mundo
deve conduzir à acção e à revolta e à recusa da passividade. Também
Sartre e o existencialismo, se o mundo não tem sentido e se não nos é
dado, então é porque deve ser construído. Assim, o pessimismo e a
angústia sentidos perante o absurdo não estão relacionados com a
ausência de sentido da vida e do mundo.
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