Apresentação da Teoria das Imperfeições de
Mercado
As Teorias das Imperfeições de Mercado
associam a existência das multinacionais às imperfeições do mercado. Hymer e
Kindleberger, dois dos principais defensores destas teorias, argumentam que
a motivação para as empresas se internacionalizarem resulta do facto de
possuirem vantagens no seu mercado de origem e que procuram explorar noutros
mercados.
Hymer procura explicar como uma empresa
estrangeira, com conhecimento limitado das condições locais, pode competir
com sucesso no mercado local. Segundo ele, a empresa ao entrar num mercado
desconhecido tem uma desvantagem, que se traduz em custos adicionais de
lidar com um novo enquadramento pelo que, para o suplantar, deve possuir
vantagens de propriedade face à concorrência.
Esta teoria considera que as imperfeições do mercado e a diferenciação da
empresa, que possui vantagens comparativas, são factores catalisadores do
investimento directo no estrangeiro. São consideradas como imperfeições no
mercado:
1. imperfeições nos mercados de bens (marcas,
skills de marketing, diferenciação do produto);
2. imperfeições nos mercados de factores
(capacidades exclusivas de obtenção de recursos, skills de gestão e
tecnologia);
3. imperfeições na concorrência dadas as
economias de escala internas e externas;
4. imperfeições na concorrência causada por
políticas governamentais que visam atrair investimento.
Caves identifica como vantagens das empresas
multinacionais as competências de gestão, a marca ou reputação, as
tecnologias patenteadas e as economias de escala. Por seu lado,
Knickerbocker procura explicar a internacionalização das empresas com base
na imitação da concorrência, na denominada Teoria da Reacção Oligopolista.
Assim, em mercados oligopolistas, as empresas tendem a imitar o
comportamento dos concorrentes para minimizar o risco e incerteza (efeito
'imitação' da empresa líder, isto é, 'follow the leader'). Na mesma ordem de
ideias, Graham refere que o investimento no estrangeiro representa uma troca
de ameaças entre empresas oligopolistas que, para reduzir a sua incerteza,
imitam as rivais.
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