Ciênc. Econ. e Empresariais

Gestão

Teoria das Imperfeições de Mercado

Autor: Paulo Nunes (Economista e Consultor de Empresas)

Data de criação: 14/03/2008; Revisão: 02/01/2015

 

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Resumo: Apresentação da Teoria das Imperfeições de Mercado...

Palavras chave:  gestão, administração

(com o apoio de PCNunes - Consultores de Gestão)

 

Apresentação da Teoria das Imperfeições de Mercado

As Teorias das Imperfeições de Mercado associam a existência das multinacionais às imperfeições do mercado. Hymer e Kindleberger, dois dos principais defensores destas teorias, argumentam que a motivação para as empresas se internacionalizarem resulta do facto de possuirem vantagens no seu mercado de origem e que procuram explorar noutros mercados.

Hymer procura explicar como uma empresa estrangeira, com conhecimento limitado das condições locais, pode competir com sucesso no mercado local. Segundo ele, a empresa ao entrar num mercado desconhecido tem uma desvantagem, que se traduz em custos adicionais de lidar com um novo enquadramento pelo que, para o suplantar, deve possuir vantagens de propriedade face à concorrência.
Esta teoria considera que as imperfeições do mercado e a diferenciação da empresa, que possui vantagens comparativas, são factores catalisadores do investimento directo no estrangeiro. São consideradas como imperfeições no mercado:

1. imperfeições nos mercados de bens (marcas, skills de marketing, diferenciação do produto);

2. imperfeições nos mercados de factores (capacidades exclusivas de obtenção de recursos, skills de gestão e tecnologia);

3. imperfeições na concorrência dadas as economias de escala internas e externas;

4. imperfeições na concorrência causada por políticas governamentais que visam atrair investimento.

Caves identifica como vantagens das empresas multinacionais as competências de gestão, a marca ou reputação, as tecnologias patenteadas e as economias de escala. Por seu lado, Knickerbocker procura explicar a internacionalização das empresas com base na imitação da concorrência, na denominada Teoria da Reacção Oligopolista. Assim, em mercados oligopolistas, as empresas tendem a imitar o comportamento dos concorrentes para minimizar o risco e incerteza (efeito 'imitação' da empresa líder, isto é, 'follow the leader'). Na mesma ordem de ideias, Graham refere que o investimento no estrangeiro representa uma troca de ameaças entre empresas oligopolistas que, para reduzir a sua incerteza, imitam as rivais.

 

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