Psicologia

Dissertações de Mestrado

Pesquisa de Monografias

 

Preciso de ajuda, mas...
Factores individuais e sociais que influenciam a intenção comportamental de procurar ajuda psicológica

 

Autor: Ana Isabel Sobral Martins
Orientador:
Telmo Baptista

 

Mestrado em Psicologia

Secção de Psicologia Clínica e da Saúde

Universidade de Lisboa
 

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Preciso de ajuda, mas...

Resumo

Ao longo da sua vida, todas pessoas contactam directa ou indirectamente com a doença mental. Contudo, apenas uma ínfima parte recorre efectivamente à intervenção psicológica, o que pode ser atribuído a factores psicológicos e sociais que influenciam as atitudes da pessoa no sentido da procura ou evitamento da ajuda psicológica. O presente estudo dividiu-se em duas fases. Numa primeira, pretendeu-se identificar e explorar os factores referidos por uma amostra da população portuguesa enquanto influenciadores da decisão numa situação de crise psicológica. Numa segunda fase, reflectiu-se acerca de meios para enaltecer e promover a procura de ajuda psicológica e simultaneamente diminuir o adiamento ou recusa desta procura. Através de focus group foram recolhidos dados qualitativos referentes a 1) trabalho do psicólogo clínico e 2) factores de aproximação e evitamento do recurso aos seus serviços. Organizaram-se quatro grupos de discussão, perfazendo-se uma amostra de vinte e quatro pessoas. Os dados foram categorizados com base na revisão bibliográfica e recurso ao programa NVivo7. Feitas as contabilizações do número de referências gerais, os factores de evitamento suplantaram os de aproximação, o que se coaduna com as observações de Vogel e Wester (2003) de que se tratam dos factores mais informativos das intenções de procurar ajuda. A um nível especifico, os factores de aproximação “Sinalizacao da necessidade” e “Encaminhamento por outros” e os factores de evitamento “Estigmatizacao” e “Falta de recursos” salientaram-se. No entanto, a generalização destes dados é limitada atendendo ao tamanho e composição dos grupos e aos procedimentos adoptados. Recomendam-se estudos futuros com grupos maiores e homogéneos e fases de follow-up que permitam verificar se as atitudes e intenções têm efectiva concretização comportamental. Uma maior e melhor divulgação da utilidade deste tipo de trabalho foi apontada como essencial à diminuição do estigma e descrença que continuam a caracterizar as atitudes de muitos em relação ao trabalho psicológico.

 

Palavras chave: Psicologia, Evitamento, Estigmatização, Teses de mestrado

 

Índice

I. INTRODUÇÃO

I.1. Objectivo e pertinência do estudo

I.2. Enquadramento teórico

I.3. Delimitação do estudo

II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

II.1. Factores individuais

II.1.1. Auto-revelação

II.1.2. Auto-retracção

II.1.3. Experiência positiva prévia

II.1.4. Utilidade e riscos antecipados

II.1.5. Competências emocionais

II.1.6. Medos relativos ao tratamento

II.1.7. Auto-estima

II.1.8. Severidade do problema

II.1.9. Nível de sofrimento psicológico

II.2. Factores sociais

II.2.1.Apoio e normas da rede social

II.2.2. Estigma social

II.3. Mapa conceptual

III. MÉTODO

III.1. Tipo de investigação

III.2. Amostragem

III.3. Procedimentos

III.4. Plano de análise dos dados

IV. ANÁLISE DOS RESULTADOS

IV.1. Preparação dos dados

IV.2. Processo de codificação

IV.3. Caracterização dos focus groups

IV.4. Que factores parecem influenciar a procura de ajuda?

I.V.4.1. Análise das referências a categorias gerais

I.V.4.2. Análise das referências a categorias específicas

I.V.5. Relações entre os atributos e as categorias gerais

V. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

V.1. Resposta à questão de investigação

V.1.1. Categorias de dados mais referidas

V.1.2. Categorias de dados menos referidas

V.1.3. Categorização de factores de aproximação e evitamento

V.1.3.1. Factores de aproximação mais referidos

V.1.3.2. Factores de evitamento mais referidos

V.1.3.3. Comparação com a revisão bibliográfica

V.2. Outras questões levantadas

V.3. Problemas metodológicos e limitações do estudo

V.3.1. Limitações do design metodológico

V.3.2. Limitações do procedimento

V.3.2.1. Sugestões para ultrapassar estas limitações

V.3.3. Limitações das conclusões

V.4. Conclusão e implicações do estudo

VI. BIBLIOGRAFIA

VII. ANEXOS

Anexo A: Folha informativa enviada por correio electrónico aos participantes

Anexo B: Ficha de dados biográficos entregue aos participantes

Anexo C: Fichas de dados biográficos de cada participante nos focus groups

Anexo C1: Indivíduo Tg. FG1

Anexo C2: Indivíduo T. FG1 

Anexo C3: Indivíduo S. FG1

Anexo C4: Indivíduo H. FG1

Anexo C5: Indivíduo J. FG1

Anexo C6: Indivíduo L. FG1

Anexo C7: Indivíduo LL. FG1

Anexo C8: Indivíduo V. FG2

Anexo C9: Indivíduo J. FG2

Anexo C10: Indivíduo Ant. FG2

Anexo C11: Indivíduo D. FG2 

Anexo C12: Indivíduo F. FG2

Anexo C13: Indivíduo O. FG2

Anexo C14: Indivíduo A. FG2

Anexo C15: Indivíduo P. FG3

Anexo C16: Indivíduo A. FG3

Anexo C17: Indivíduo Cl. FG3

Anexo C18: Indivíduo C. FG3

Anexo C19: Indivíduo D. FG4

Anexo C20: Indivíduo T. FG4

Anexo C21: Indivíduo I. FG4

Anexo C22: Indivíduo F. FG4

Anexo C23: Indivíduo A. FG4

Anexo C24: Indivíduo Is. FG4

Anexo D: Folha de consentimento informado entregue aos participantes

Anexo E: Transcrição do focus group

Anexo F: Transcrição do focus group 2

Anexo G: Transcrição do focus group 3

Anexo H: Transcrição do focus group 4

Anexo I: Árvores de categorias e categorias livres

Anexo J: Definição e operacionalização das categorias mãe, filha e livres

Anexo K: Número de fontes e referências às árvores de categorias


 

 

TESE

ANEXO