Psicologia Dissertações de Mestrado
|
|
|
|
|
Gravidez na adolescência
Autor:
Rita Margarida Esteves Farinha e Castelo dos Santos Afonso
Mestrado em Psicologia
Área de Especialização em Stress e
Bem-Estar,
Universidade de Lisboa Se é autor de uma tese / dissertação de mestrado ou de doutoramento envie-nos para knoow.net@gmail.com e ajude-nos a enriquecer ainda mais o nosso site. |
|
Resumo A gravidez na adolescência é uma tarefa dura e exigente constituindo, para a cultura ocidental, um acontecimento de vida não-normativo. Envolve, frequentemente, a construção de projectos alternativos e a mobilização de recursos internos e externos numa fase, já de si, complicada do desenvolvimento uma dupla adaptação que torna particularmente vulneráveis estas jovens e os seus filhos. No minorar dos compromissos físicos, psicológicos e sociais a si associados está o suporte familiar, na sua capacidade para se ajustar e apoiar estas jovens em profunda revolução de vida . O estudo realizado, de natureza exploratória, teve como objectivo identificar, numa amostra de adolescentes primíparas grávidas e puérperas, a sua percepção relativamente aos recursos e mecanismos de coping utilizados pela família de origem (sua capacidade de resposta a dificuldades e problemas); a sua satisfação familiar, bem-estar emocional e orientação face à vida . A um total de 117 adolescentes (39 mães há menos de 9 meses e 78 grávidas no primeiro, segundo e terceiro trimestre) foram aplicadas as Escalas de Avaliação Pessoal Orientadas para a Crise em Família (McCubbin, Olson e Larsen, 1981); Escala de Recursos Familiares (Olson, Larsen e McCubbin, 1982); Escala de Satisfação Familiar (Olson e Wilson, 1982); Perfil de Estados de Humor Versão Reduzida (McNair, Lorr e Droppleman, 1989) e Teste de Orientação Prolongada de Vida (Chang, Maydeu-Olivares e D'Zurilla, 1997). Os resultados encontrados demonstram a existência de índices emocionais mais elevados no terceiro trimestre de gravidez, apoiados por uma percepção de recursos familiares mais positiva; sendo o primeiro trimestre o de maior perturbação emocional total. No puerpério, com o ajustamento ao bebé e às responsabilidades inerentes à parentalidade, a satisfação familiar e a percepção de recursos familiares decresce significativamente, evidenciando as jovens valores emocionais próximos dos do período de crise/ adaptação inicial. Os resultados chamam a atenção para a necessidade de um acompanhamento destas jovens para além do período gravídico, no ajustamento progressivo à parentalidade, adultícia e reorganização de vida (apoiando desta forma, igualmente, os seus filhos e famílias).
Palavras chave: Gravidez, Satisfação familiar, Bem-estar psicológico, Teses de mestrado
Índice Problema em Estudo e Perspectiva Geral da Dissertação II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Capítulo 1 – A Adolescência como Crise Natural Adolescência, que realidade? Sua caracterização e breve resenha histórica A família como sistema de interacção e de “resolução de problemas” Capítulo 2 – A Gravidez na Adolescência como Crise Acidental Incidência Significados e perspectivas teóricas explicativas A perspectiva social
A perspectiva psicológica Reunião das várias perspectivas: Apontamento breve Pais “ao acaso” e avós “sem aviso”? Factores familiares de risco e de protecção para a ocorrência da gravidez na adolescência Consequências Para a adolescente
Consequências orgânicasConsequências
psicológicas Quadro-resumo Para o pai da(s) criança(s) Para o casal Para o(s) filho(s) Quadro-resumo Para as famílias Para a sociedadeReunião das várias consequências: Apontamento breve Capítulo 3 – Alterações Emocionais da Gravidez e na Adaptação ao Puerpério Alterações emocionais da gravidez
O primeiro trimestre A vivência do companheiro Tarefas psicológicas da gravidez: Apontamento breve A vivência do parto O “quarto trimestre” e a adaptação ao puerpério O suporte institucional e familiar Alterações emocionais na gravidez e puerpério: Apontamento breve. Capítulo 4 – Resposta Familiar: Modelos Teóricos de Stresse, Crise e Coping Familiar Gravidez na adolescência: Stresse, crise e coping familiar Modelo processual do stresse de vida Modelo ABCX de crise na família Modelo ABCX duplo do stresse familiar Modelo da resposta de ajustamento e adaptação familiar Fase de ajustamento da família Fase de adaptação da família Modelo contextual do stresse familiar A contribuição de Burr e Klein Resiliência, satisfação familiar e bem-estar: Apontamento breve III – ESTUDO EMPÍRICO Capítulo 1 – Conceptualização e metodologia
Problema em estudo Questões a investigar Design metodológico Tipo de estudo Selecção e caracterização da amostra Hipóteses Hipótese teórica
Hipótese operacional 1 Variáveis Variável independente
Variável dependente Instrumentos utilizados Questionário demográfico F-Copes: Escalas de avaliação pessoal orientadas para a crise familiar Escala de recursos familiares Escala de satisfação familiar POMS: Perfil de estados de humor ELOT-PT: Teste de orientação prolongada de vida Técnica de recolha de dados Procedimento Tratamento dos dados Capítulo 2 – Apresentação e discussão dos resultados Variáveis independente e dependente. Estatística descritiva e significado das diferenças F-Copes Diferenças entre grupos Recursos familiares Diferenças entre grupos Satisfação familiar Diferenças entre grupos POMS Diferenças entre grupos Orientação face à vida Diferenças entre grupos Escalas totais Discussão dos resultados encontrados Estudo correlacional Correlações entre escalas e sub-escalas Grupo 1: Grávidas no primeiro trimestre Grupo 2: Grávidas no segundo trimestre
Grupo 3: Grávidas no terceiro trimestre Discussão dos resultados encontrados 138 Outros significados: Variáveis demográficas Estatística descritiva e significado das diferenças. Situação gestacional Tipo de período adaptativo Tempo de puerpério Idade Habilitações literárias
Tipo de família de origem Vive ou não com o companheiro Existência ou não de gravidezes adolescentes na família próxima Gravidez planeada ou não planeada
Tem ou não tem ocupação Problemas económicos Existência de conflitos na família de origem Doença ou acidente grave na família e/ou morte de familiar próximo Acontecimento ou mudança importante na própria Diferenças entre grupos Discussão dos resultados encontrados Estudo correlacional Correlações entre escalas e variáveis demográficas Discussão dos resultados encontrados Capítulo 3 – Conclusões e pistas para futuras investigações Conclusões Constrangimentos e pistas para futuras investigações IV – REFERÊNCIAS
V – ANEXOS
|
|