Medicina / Ciências Médicas e da Saúde Dissertações de Mestrado
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Procriação Humana
Autor:
Maria Alice da Silva Azevedo
Mestrado em Bioética Faculdade de Medicina
Universidade do Porto
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Resumo
O presente trabalho é uma reflexão sobre a
liberdade de procriar, tendo por base a dignidade da pessoa humana. A
sua pertinência reside na ausência de discussão sobre esta liberdade,
que é considerada matéria tabu, o que impede a saudável definição dos
seus limites. Na verdade, não se verifica na sociedade portuguesa
qualquer limitação legislativa ou moral ao exercício da capacidade de
procriar, estando esta contida nas motivações ou interesses particulares
de cada indivíduo, sendo apenas aferida pelos seus princípios e padrões
morais. O resultado desta liberdade absoluta aparece como causa
principal da proliferação do nascimento de crianças em contexto de
vulnerabilidade extrema e o seu efeito é visível em: inúmeros casos de
relevância mediática objecto de discussão pública; no aumento da pobreza
e exclusão social que a sociedade teima em combater; no insucesso e
abandono escolar; no crescimento da violência e da mendicidade que se
regista actualmente; e na impotência da resolução destas problemáticas,
trabalhadas apenas a jusante. A causa dos problemas a montante deve ser
procurada, mas só será eficaz com o envolvimento de todos. O estudo
efectuado junto de indivíduos em situação de vulnerabilidade,
mostrou-nos que estes sentem necessidade de se libertarem das variáveis
condicionantes que os aprisionam, mas para isso consideram pertinente a
intervenção de melhores políticas públicas,
Palavras chave: Procriação; Responsabilidade; Liberdade; Dignidade
Índice
LISTA DE QUADROS E FIGURAS
RESUMO INTRODUÇÃO I. SOBRE A BIOÉTICA 1. O Nascimento da Bioética 2. Modelos de Fundamentação em Bioética 3. Conceitos Fundamentais em Bioética 4. Teorias Éticas na base da Bioética 5. Organismos Representativos da Bioética 6. Declarações em Bioética 7. Considerações Finais II. SOBRE A LIBERDADE 1. Racionalidade e Responsabilidade 2. Considerações Finais III. SOBRE A PROCRIAÇÃO 1. Realidade actual 2. O Direito de procriar 3. Limites da tolerância 4. Considerações Finais IV. RESPONSABILIDADE ESTATAL E PARENTALIDADE 1. Direito a Um Futuro Aberto 2. Estatuto Socioeconómico (ESE) 3. Pobreza e Exclusão Social 4. A Humanidade no Fim da Vida 5. Responsabilidade Institucional 6. Problemática ética, social e jurídica da procriação 7. Considerações finais V. ESTUDO EMPÍRICO 1. Considerações prévias 2. Opções Metodológicas 2.1 Metodologia utilizada 2.2 Identificação da população-alvo 2.3 Contexto social do estudo 2.4 Amostra e processo de selecção dos indivíduos 2.5 Definição e construção dos instrumentos de pesquisa 2.6 Recolha dos dados 2.7 Tratamento e apresentação dos dados 2.8 Análise e interpretação dos resultados 3. Considerações finais VI. CONCLUSÃO FINAL VII. REFERÊNCIAS VIII. APÊNDICES: I – Questionário aplicado às Famílias II – Questionário aplicado aos Profissionais III – Questionário/Famílias (Conteúdos) IV – Questionário/Profissionais (Conteúdos)
V – Entrevistas
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