Resumo
Introdução: A perturbação de
hiperactividade e défice de atenção (PHDA) está entre as alterações de
comportamento mais comuns nas crianças, particularmente nos rapazes.
Face à sua prevalência elevada, 6 a 9% na idade escolar, subsiste na
adolescência e na idade adulta em 30 a 50% dos casos.
Objectivo: Este trabalho visa realizar uma revisão bibliográfica
da literatura científica actual acerca do papel dos factores externos
que a originam ou mimetizam, eventualmente susceptíveis de cura.
Desenvolvimento: Os factores genéticos são os mais explorados,
realçando-se os sistemas neurotransmissores e as anomalias estruturais e
funcionais cerebrais envolvendo mecanismos dopaminérgicos. Complicações
da gestação e parto; exposição fetal ao tabaco, álcool e toxinas;
diminuição dos níveis de oligoelementos; corantes e conservantes
alimentares; exposição excessiva à televisão/jogos e ao Enterovirus 71;
distúrbios do sono e níveis da hormona tiroideia, bem como um ambiente
familiar disfuncional fazem parte do leque de factores ambientais que
estão relacionados com a PHDA, uns mais controversos que outros, como
revelou a revisão bibliográfica exposta.
Conclusão: A correcção destas perturbações que despertam ou
coexistem não deve ser descurada. O não tratamento acarreta um conjunto
de eventos adversos que levam a elevados riscos em diversas áreas,
incluindo trabalho, relacionamentos e criminalidade.
Palavras chave: PHDA; genética;
dieta; toxinas; disfunção familiar; multimédia; Enterovirus 71; sono;
tiróide.
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