Medicina / Ciências Médicas e da Saúde

Dissertações de Mestrado

 

Migração e incidência da infecção HIV

 

Autor: Ysel Chiara Vina Rodrigues
Orientador: José Henrique Dias Pinto de Barros

 

Mestrado Integrado em Medicina - Saúde Pública

Faculdade de Medicina

Universidade do Porto
 

 

continuar

 

Migração e incidência da infecção HIV

Resumo

A grande variabilidade genética do vírus HIV surge como consequência dos mecanismos biológicos intrínsecos do vírus, que lhe permitem evoluir e mutar. Através de estudos filogeograficos foi possível determinar as rotas de difusão espacial da epidemia e estabelecer uma distribuição geográfica dos diferentes subtipos. Todavia, num mundo em que as populações estão em constante movimento e em que a migração é cada vez mais comum, os limites desta distribuição geográfica estão a tornar-se menos claros e definidos. O subtipo B continua a ser a forma mais prevalente na União Europeia, porém casos de infecção por subtipos não-B estão a ser registados a um ritmo alarmante. Tendo em conta que as estratégias para lidar com a epidemia foram criadas com base nos conhecimentos adquiridos através do subtipo B, o aparecimento destas novas estirpes representa um risco para a saúde da população europeia em geral. Existem poucos dados disponíveis no que toca aos mecanismos, susceptibilidade aos anti-retrovirais, sensibilidade dos testes de diagnóstico e progressão patológica dos subtipos não-B. No entanto, nos estudos que foram realizados, não se constatou nenhuma diferença entre os subtipos no que diz respeito à resposta aos anti-retrovirais, embora não se ponha de parte que possam advir resistências farmacológicas num futuro próximo, resultantes dos polimorfismos genéticos do vírus. O mesmo se aplica à sensibilidade dos testes de diagnóstico. É, portanto importante que os departamentos da saúde, políticos e sociais, reconheçam o papel central desempenhado pelas comunidades imigrantes na alteração do pool genético do vírus HIV-1. As populações imigrantes são particularmente vulneráveis em diversas áreas e são, por isso, mais susceptíveis de transmitir a infecção HIV. Estudos focaram que na base deste problema estão a desigualdade social, a pobreza, limitações linguísticas e o isolamento social Éimportante que estes indivíduos não sejam vistos como uma ameaça mas sim como áreas de potencial actuação para impedir a progressão da epidemia. Para concretizar este objectivo é, portanto, necessário um esforço conjunto para aplicar medidas preventivas que integrem acções comportamentais e biomédicas.

 

Palavras chave: Virus HIV-1, mecanismos biológicos, variabilidade genética, migração, distribuição geográfica dos subtipos, subtipo B, infecção HIV, subtipo não-B, estratégias, susceptibilidade antiretroviaris, sensibilidade dos testes de diagnóstico, progressão da doença, comunidades imigrantes, desigualdade social, isolamento social, medidas preventivas, medidas biomédicas.

 

Índice

Abstract (Português)
Title page

Abstract

Review

Introduction

Objectives
Methods

HIV classification and genetic diversity
Subtypes migration, transmission and disease progression

HIV and the accuracy of the diagnostic tests

Genetic diversity and drug resistance

HIV diversity and migrant communities

The public health problematic

Conclusions
Abreviations
Competing interests
References

 

 

Trabalho completo