Medicina / Ciências Médicas e da Saúde Dissertações de Mestrado
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Insuficiência Cardiaca no Idoso
Autor:
Francisca de Sousa Ferreira dos Santos
Mestrado Integrado em Medicina - Cardiologia Faculdade de Medicina
Universidade do Porto
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Resumo A Insuficiência Cardíaca (IC) consiste num problema mundial de saúde pública sendo primariamente um síndrome do idoso. É um síndrome que ocorre em indivíduos que, devido a alguma anormalidade cardíaca, herdada ou adquirida, desenvolvem um conjunto de sintomas e sinais clínicos consecutivos à falência hemodinâmica. A incidência de IC no idoso (idade ≥ 65 anos segundo as classificações americanas, ou ≥ 60 segundo a Organização Mundial de Saúde) é de 10/1000 indivíduos e na população americana a faixa etária superior a 65 anos representa mais de 75% da prevalência de casos de IC. Sendo que a IC também é um problema das sociedades Ocidentais, estudos europeus também demonstraram que a prevalência deste síndrome aumenta com a idade, atingindo valores na ordem de 13,6% para indivíduos com 75 anos de idade. De acordo com o estudo português EPICA (Epidemiologia da Insuficiência Cardíaca e Aprendizagem) a prevalência estimada de IC em indivíduos com idades compreendidas entre os 60-69 anos ronda os 7.63%, sendo de 12,67% para indivíduos entre os 70-79 anos e 16.14% para os que têm mais de 80. Qualquer patologia que leve a alterações morfofuncionais ventriculares, condicionando a sua função diastólica ou sistólica pode predispor o indivíduo a evoluir com IC. As principais manifestações deste síndrome consistem em fadiga e dispneia que podem limitar a tolerância ao exercício. Pode também registar-se retenção de fluidos, a nível pulmonar e/ou periférico. A anamnese é a primeira pista para o diagnóstico da IC, sendo muitas vezes difícil de realizar em muitos doentes com idade avançada. Os sinais e sintomas não são nem específicos, nem sensíveis, sendo os exames complementares de diagnóstico, especialmente o ecocardiograma, ferramentas essenciais ao diagnóstico. O tratamento da IC no idoso é um desafio devido aos numerosos problemas de saúde consecutivos ao envelhecimento. O estabelecimento do prognóstico na IC é complexo, dado este ser influenciado pelas diversas etiologias, pelas múltiplas comorbilidades que afectam este grupo etário e ainda pela enorme variabilidade individual quer na progressão, quer na resposta à terapêutica. As primeiras recomendações sobre a avaliação e tratamento da IC datam de 1995. Desde aí muitos progressos foram realizados no sentido de optimizar não só o diagnóstico precoce, como também a terapêutica, quer farmacológica, quer não farmacológica, traduzindo-se numa assinalável melhoria do prognóstico.
Palavras chave: Insuficiência Cardíaca, Idoso, Bloqueadores Neurohormonais.
Índice
1. Introdução
5.1 Considerações gerais
6. Prognóstico da Insuficiência Cardíaca
no Idoso
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