Medicina / Ciências Médicas e da Saúde

Dissertações de Mestrado

 

Infecção por paliomavírus em doentes transplantados renais

 

Autor: Rodolfo Ferreira Abreu
Orientador: António Castro Henriques, Luísa Lobato

 

Mestrado Integrado em Medicina

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar

Universidade do Porto
 

 

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Infecção por paliomavírus em doentes transplantados renais

Resumo

A transplantação renal começou em 17 de Junho de 1950 nos Estados Unidos da América e desde então, foi realizada em milhares de pessoas com claros benefícios para os doentes. Inicialmente, os rins transplantados eram rejeitados devido à inexistência, na época, de medicamentos imunossupressores. A criação destes medicamentos permitiu a viabilidade do procedimento, contudo, à medida que se tornaram progressivamente mais potentes surgiram diversos problemas a eles associados: infecções oportunistas (herpes vírus, candidíase oral, citomegalovirus, poliomavírus), neoplasias (linfomas, neoplasias da pele), etc. Os poliomavírus são vírus de ADN que causam tipicamente infecções persistentes, mas geralmente assintomáticas, nos seus hospedeiros naturais. Entre os 12 poliomavírus identificados, principalmente dois causam infecções latentes nos humanos, podendo reactivar em circunstâncias de imunosupressão: o vírus BK (BKV) e o vírus JC (JCV). A primoinfecção por BKV ocorre tipicamente durante a infância ficando o vírusTrabalho Académico de Investigação: latentes nas células do epitélio renal e em células linfóides. A reactivação da infecção por BKV, é responsável pelo aparecimento de cistite hemorrágica, nefrite intersticial e estenose uretral. No transplantados renais (TR), estas patologias apresentam uma prevalência que varia entre 1 a 10% e quando presentes levam à disfunção do enxerto em aproximadamente 45% dos casos. Os exames auxiliares para detecção da infecção / reactivação da infecção por BKV existentes actualmente baseiam-se fundamentalmente em estudos serológicos, citológicos e moleculares e permitem um diagnóstico muitas vezes tardio da situação, fornecendo resultados que não são altamente específicos para a reactivação da infecção por poliomavírus como causa da nefrite intersticial. A resposta imune celular específica pode ser avaliada por citometria de fluxo (CF), através da detecção e quantificação de linfócitos T (LT) específicos para epítopos de proteínas virais, ligados a multímeros de moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC) tipo I (LT CD8) ou tipo II (LT CD4). Esta metodologia, já amplamente desenvolvida em alguns laboratórios para a avaliação da resposta imune ao citomegalovírus pode ser aplicada à infecção por poliomavírus. Neste trabalho iremos: a) caracterizar, de uma forma retrospectiva, através da revisão de processos clínicos, o estado dos doentes TR da Consulta de Transplante Renal (CTR) do Hospital de Santo António / Centro Hospitalar do Porto (HSA/CHP), quanto à infecção por BKV (serologia, citologia urinária, viremia e viruria), tentando correlacionar estes dados com a ocorrência de patologia renal secundária à infecção por BKV/disfunção do enxerto e o tipo de imunossupressão; b) caracterizar, durante o período de 3 meses, de uma forma prospectiva e relativamente aos mesmos aspectos, os doentes TR que frequentam a CTR; c) seleccionar, por conveniência, 40 destes doentes para quantificação dos LT específicos para o BKV, por CF (10 doentes TR HLA-A*0201+ que apresentem carga viral negativa no sangue e na urina e pesquisa de células de Decoy negativa e 30 doentes TR HLA-A*0201+ que apresentem pelo menos um destes três testes positivos). Este trabalho permitirá: a) caracterizar os doentes TR da CTR do HSA/CHP quanto à infecção por BKV utilizando os testes de diagnóstico convencionais; b) desenvolver e optimizar a técnica de quantificação, por CF, de LT específicos para o BVK no sangue periférico, com vista à sua eventual futura utilização como meio complementar de diagnóstico da reactivação da infecção por BKV em doentes TR. A detecção e quantificação de LT específicos para o BKV poderá permitir a identificação da reactivação da infecção numa fase ainda subclínica da doença, possibilitando a correcção da imunossupressão e evitando a disfunção do enxerto.

 

Palavras chave: Transplantação renal; Poliomavírus; BKV; Nefrite intersticial; Resposta imune; Linfócitos T CD8; Tetrâmeros de MHC classe I; Citometria de fluxo

 

Índice

PALAVRAS-CHAVE
INSTITUIÇÕES, DEPARTAMENTOS E SERVIÇOS5
UNIDADES DE INVESTIGAÇÃO
EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO

Constituição

Aluno

Orientadores
Supervisor

Outros investigadores

Funções e responsabilidades

Tempo afecto ao projecto

DESENHO DO ESTUDO
CALENDARIZAÇÃO

Duração

Datas de início e conclusão

Cronograma de execução

A. PLANO CIENTÍFICO

1. Resumo
2. Introdução e estado da arte

2.1. Causas e consequências da reactivação da infecção por BKV nos transplantados renais

2.2. Métodos convencionais para o diagnóstico da infecção por BKV
2.3. Quantificação de LT específicos para o BKV

3. Problemas
4. Hipótese de trabalho
5. Objectivos
6. Implicações
7. Enquadramento, motivações e condições de execução

Publicações do Serviço de Nefrologia nos últimos 3 anos em revistas da especialidade:
Projectos de investigação em curso no Serviço de Nefrologia, na área da transplantação renal:

7. Desenho do estudo e metodologia

7.1. Tipo de estudo

7.2. Participantes e elegibilidade
7.3. Selecção dos participantes

7.4. Material e métodos

7.4. Procedimento

7.5. Tarefas e funções e responsabilidade dos investigadores

7.6. Recolha de dados
7.7. Tratamento de dados e análise estatística

8. Indicadores de produção científica

9. Bibliografia

B. QUESTÕES ÉTICAS

Informação ao doente participante no estudo

Termo de consentimento informado

C. PLANO FINANCEIRO

1. Orçamento

2. Financiamento23

ABREVIATURAS/ACRÓNIMOS

ANEXO 1 - FORMULÁRIO PARA RECOLHA DE DADOS CLÍNICOS

ANEXO 2 - PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL

HSA/CHP

ANEXO 3 - PEDIDO DE FINANCIAMENTO

Bolsa de iniciação à investigação clínica

ANEXO 4 - TERMOS DE RESPONSABILIDADE

Investigador Responsável

ANEXO 5 - DECLARAÇÕES DE ALUNOS E ORIENTADORES / SUPERVISOR

Aluno

Orientadores / Supervisor

ANEXO 6 - TERMOS DE AUTORIZAÇÃO LOCAL

Serviços

Departamentos
 

 

Trabalho completo