Medicina / Ciências Médicas e da Saúde

Dissertações de Mestrado

 

Estudo da expressão da caderina P em lesões benignas e malignas da glândula mamária felina

 

Autor: Ana Catarina Pais dos Santos Figueira

Orientador: Fátima Gärtner

 

Mestrado em Medicina e Oncologia Molecular

Faculdade de Medicina

Universidade do Porto
 

 

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Estudo da expressão da caderina P em lesões benignas e malignas da glândula mamária felina

Resumo

As caderinas são moléculas de adesão celular dependentes de cálcio, com importantes funções na formação e manutenção da arquitectura tecidular normal. A caderina placentária(caderina P) e a caderina epitelial (caderina E) são caderinas clássicas, expressas pelas células mioepiteliais e epiteliais da glândula mamária humana, respectivamente. Alterações das suas expressões têm sido observadas e implicadas na carcinogénese mamária humana. Os tumores mamários de felídeos são considerados um bom modelo animal para o estudo da carcinogénese mamária humana. Desta forma, a investigação de marcadores moleculares na glândula mamária felina, nomeadamente as caderinas, poderá ser vantajosa no estudo e compreensão da carcinogénese mamária da mulher. Com o objectivo de estudar a expressão da caderina P e da caderina E na glândula mamária felina normal e em lesões mamárias, avaliou-se a sua imunoexpressão através da técnica de imunohistoquímica de processamento automatizado em 61 amostras de tecido mamário felino, que incluíam glândula mamária normal (n=4), hiperplasia mamária (n=12), tumor mamário benigno (n=6) e tumor mamário maligno (n=39). No presente trabalho, a imunoexpressão da caderina P na glândula mamária normal, em hiperplasias e em tumores benignos encontrava-se restrita às células mioepiteliais. Relativamente aos tumores malignos, observou-se imunoexpressão aberrante da caderina P em células epiteliais em 64,1% (n=25) dos casos, com distribuição celular membranar e/ou citoplasmática. Desta forma, a imunoexpressão da caderina P em lesões mamárias de felídeos não foi exclusiva das células mioepiteliais. Foi possível determinar uma correlação estastisticamente significativa entre a imunoexpressão da caderina P e o tipo de lesão mamária (p=0,0001), a presença de infiltrado inflamatório (p=0,0226), a presença de necrose (p<0,0001) e o padrão de crescimento (p<0,0001). Nos tumores mamários malignos foi observada uma correlação estatisticamente significativa entre a imunoexpressão da caderina P e o grau histológico (p=0,0132). Relativamente à caderina E não foi possível estabelecer qualquer correlação entre a imunoexpressão desta molécula, quer em termos de percentagem de células marcadas quer em termos de padrão de marcação, e as variáveis em estudo. A expressão epitelial aberrante da caderina P parece estar relacionada com a malignidade tumoral. No entanto, e de forma a confirmar os resultados da presente investigação, seriam necessários estudos adicionais com uma maior casuística e estudos de acompanhamento clínico.

 

Palavras chave: caderina P, caderina E, tumores mamários de felídeos, imunohistoquímica.

 

Índice

ÍNDICE DE FIGURAS

ÍNDICE DE QUADROS

ÍNDICE DE GRÁFICOS

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

RESUMO

ABSTRACT

INTRODUÇÃO

1. TUMORES DA GLÂNDULA MAMÁRIA DE FELÍDEOS

2. MOLÉCULAS DE ADESÃO CELULAR

2.1. Superfamília das caderinas

2.1.1 Caderinas clássicas

2.1.1.1. Caderinas não neuronais

2.1.1.2. Caderinas neuronais

2.1.2. Estrutura

2.1.3. Interacção caderina - caderina

2.1.4. Interacção caderina-citoesqueleto

2.1.4.1. Cateninas

2.1.5. Funções e regulação das caderinas

3. As caderinas e a tumorigénese

3.1 As caderinas na tumorigénese mamária

3.1.1. Caderina E

3.1.2. Caderina P

OBJECTIVOS

MATERIAL E MÉTODOS

1. MATERIAL

2. MÉTODOS

2.1. Avaliação clínico-patológica

2.2. Avaliação histopatológica

2.2.1. Método de Nottingham

2.3. Avaliação imunohistoquímica

2.3.1. Anticorpos

2.3.2. Protocolo

2.3.3. Quantificação da imunoexpressão

2.3.3.1. Caderina P

2.3.3.2. Caderina E

2.4. Análise estatística

RESULTADOS

1. AVALIAÇÃO CLíNICO-PATOLÓGICA

Raça

Idade

Estado Reprodutivo

Localização das lesões

Tamanho

Ulceração cutânea

2. AVALIAÇÃO HISTOPATOLÓGICA

2.1. Classificação histológica

Infiltrado inflamatório

Necrose

Padrão de crescimento

2.2. Grau histológico

2.3. Metástases

3. AVALIAÇÃO IMUNOHISTOQUÍMICA

3.1 Imunoexpressão da caderina P no tecido mamário felino

3.1.1. Glândula mamária normal (n=4)

3.1.2. Glândula mamária hiperplásica (n=12)

3.1.3. Tumores mamários (n=45)

3.1.3.1. Tumores mamários benignos (n=6)

3.1.3.2. Tumores mamários malignos (n=39)

3.1.4. Metástases (n=3)

3.2. Imunoexpressão da caderina E no tecido mamário felino

3.2.1. Glândula mamária normal (n=4)

3.2.2. Glândula mamária hiperplásica (n=12)

3.2.3. Tumores mamários (n=45)

3.2.3.1. Tumores mamários benignos (n=6)

3.2.3.2. Tumores mamários malignos (n=39)

3.2.4. Metástases (n=3)

4. ANÁLISE ESTATÍSTICA

4.1. Associação entre as variáveis clínico-patológicas e as lesões mamárias

4.2. Associação entre as variáveis histopatológicas e as lesões mamárias

4.3. Avaliação da imunoexpressão da caderina P e a agressividade biológica

4.3.1. Associação entre a imunoexpressão da caderina P e as lesões mamárias

4.3.2. Associação entre a imunoexpressão da caderina P e as variáveis clínico-patológicas

4.3.3. Associação entre a imunoexpressão da caderina P e as variáveis histopatológicas

4.3.4. Análise estatística no grupo de tumores malignos

4.3.4.1. Associação entre a imunoexpressão da caderina P e o tipo histológico

4.3.4.2. Associação entre a imunoexpressão da caderina P e o grau histológico

4.4. Avaliação do padrão de imunoexpressão da caderina E e a agressividade biológica

4.4.1. Associação entre o padrão de imunoexpressão da caderina E e as lesões mamárias

4.4.2. Associação entre o padrão de imunoexpressão da caderina E e as variáveis clínico-patológicas

4.4.3. Associação entre o padrão de imunoexpressão da caderina E e as variáveis histopatológicas

4.4.4. Análise estatística no grupo de tumores malignos

4.4.4.1. Associação entre o padrão de imunoexpressão da caderina E e o tipo histológico

4.4.4.2. Associação entre o padrão de imunoexpressão da caderina E e o grau histológico

4.5. Associação entre a expressão da caderina E e a expressão da caderina P

DISCUSSÃO

CONCLUSÕES

 
 

 

Resumo

Tese Mestrado