Medicina / Ciências Médicas e da Saúde Dissertações de Mestrado
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Estratégias de promoção da autonomia dos enfermeiros chefes aos enfermeiros
Autor:
Maria
Manuela Rodrigues da Silva Duarte
Ferreira
Mestrado em Ciências de Enfermagem Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
Universidade do Porto
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Resumo A enfermagem passou de uma profissão com pouco valor social para uma profissão autónoma legalmente reconhecida, afirmando-se perante a sociedade. A autonomia em enfermagem é o “poder” para determinar as necessidades ao cuidar das pessoas, agir responsavelmente de acordo com tomada das suas decisões, aliada ao dever profissional pelo compromisso do mandato social assumido. Reflectir, sobre como estas mudanças foram assumidas pelos enfermeiros, foi uma necessidade, na medida em que, o contexto onde trabalhamos, os enfermeiros ainda manifestam alguma insegurança em gerir as implicações que a mudança na imagem e na responsabilidade provocam, e mantêm o receio de abandonar o modelo tradicional em desprestígio da autonomia já legalmente conquistada, o que tem originado alguma conflituosidade, entre os próprios enfermeiros e com os outros profissionais da equipa de cuidados. Cabe ao enfermeiro chefe gerir os recursos humanos e os cuidados de enfermagem, e neste contexto, conciliar junto de cada enfermeiro, os conhecimentos e experiências pessoais, profissionais, institucionais e os da própria profissão, pelo que, o objectivo principal deste trabalho é: compreender que estratégias são utilizadas, pelos enfermeiros chefes, para promoção da autonomia profissional dos enfermeiros. Face aos estudos em enfermagem, na área da gestão e em torno da autonomia, foi determinante estudar o problema com a metodologia qualitativa de carácter fenomenológico. O estudo foi realizado num dos Centros de Saúde dos Açores. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas semi-estruturadas, a 16 enfermeiros (8 enfermeiros chefes e 8 enfermeiros nível1) através de uma amostra não probabilística intencional. Analisados os discursos não foram identificadas estratégias com a finalidade de prover autonomia. Tornou-se evidente, que os enfermeiros chefes, não desenvolvem estratégias de forma explícita, mas assumem ter estratégias implícitas, nomeadamente: integração de enfermeiros, delegação, planeamento, formação, reflexão profissional, visibilidade dos cuidados e o trabalho multiprofissional. Apontam ainda instrumentos, como: plano de actividades; fixação de objectivos; integração de preferências, normas/protocolos, plano de cuidados, projectos de intervenção e avaliação de desempenho. No entanto, verificamos a existência de relatos em que os enfermeiros assumem desconhecer a existência de estratégias, não reconhecendo nenhuma fomentada pelo enfermeiro chefe como conducentes à autonomia. Os enfermeiros, chegam mesmo a afirmar que a sua autonomia é mediada pela chefia e que nas actividades interdependentes não são autónomos.
Índice RESUMO SIGLAS E ABREVIATURA INDICE DE QUADROS 0 – INTRODUÇÃO 1 – CONTRIBUTOS TEÓRICOS PARA A COMPREENSÃO DO PROBLEMA 1.1 - A ACTIVIDADE DE ENFERMAGEM 1.1.1 - Processos de Autonomia e Interdependência Profissional 1.1.2 - Das Concepções de Enfermagem às Práticas de Autonomia 1.2 – GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS 1.3 – CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS 1.3.1 – Caracterização do Centro de Saúde de Ponta Delgada 1.3.2 – Enfermagem nos Cuidados de Saúde Primários 2 – TRABALHO DE CAMPO 2.1- TIPO DE ESTUDO 2.2 – PARTICIPANTES 2.3 – ESTRATÉGIAS DE RECOLHA DE INFORMAÇÃO 2.4 – PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DA INFORMAÇÃO 2.5 – CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 3. DISCURSOS SOBRE O SER ENFERMEIRO 3.1 – CENTRANDO-SE NOS VALORES 3.2- O CONHECIMENTO CIENTÍFICO PARA A AUTONOMIA PROFISSIONAL 3.3 – REPENSANDO A CONCEPÇÃO DE ENFERMAGEM PARA A AUTONOMIA 4. EXPRESSÃO DA AUTONOMIA 4.1 - CONCEPÇÃO PARA AUTONOMIA4.2 - IMPORTÂNCIA DA AUTONOMIA PARA OS ENFERMEIROS 4.3 – DAS PRÁTICAS À AUTONOMIA 4.4 – ESTRATÉGIAS DE GESTÃO PROMOTORAS DE AUTONOMIA PROFISSIONAL 5 - ACHADOS SOBRE AUTONOMIA – SINTESE 6 – CONCLUSÕES 7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS ANEXOS Nº 1 – CRONOGRAMA DA INVESTIGAÇÃO ANEXOS Nº 1 – CONSENTIMENTO
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