Medicina / Ciências Médicas e da Saúde

Dissertações de Mestrado

 

Caracterização Neuropatológica do Envelhecimento nos Canídeos

 

Autor: Carla Maria Teixeira e Lima
Orientador: Maria de Fátima Rodrigues Moutinho Gartnër

 

Mestrado em Medicina Legal

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar

Universidade do Porto
 

 

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Caracterização Neuropatológica do Envelhecimento nos Canídeos

Resumo

Os avanços da medicina e da nutrição proporcionaram um aumento de esperança de vida dos cães. As alterações neuropatológicas associadas ao envelhecimento estão descritas em várias espécies animais, incluindo o cão idoso que desenvolve défices cognitivos e alterações neuropatológicas semelhantes às observadas no normal envelhecimento dos humanos e na doença de Alzheimer, constituindo um bom modelo de estudo das fases iniciais desta patologia. Neste estudo foram analisados 70 cérebros de cães de várias raças, com idades compreendidas entre os 1 e os 18 anos. Foi realizado o estudo histopatológico através de coloração de rotina H&E e imunohistoquímico para detecção de proteína β-amilóide, ubiquitina, reactividade astrocitária à GFAP e imunorreactividade à proteína tau. Os resultados foram sujeitos a análise comparativa de acordo com o escalão etário (1-7anos; 8 -12 aos e 13 ou mais anos), de acordo com a idade do cão correspondente à do homem, em função do peso (<65 e ≥65 anos) e de acordo com o porte (pequeno, médio, grande e gigante). Adicionalmente foi feito o estudo ultraestrutural de amostras de SNC de quatro cães e o estudo do nervo sural e músculo deltóide em seis cães. As principais alterações neuropatológicas encontradas associadas ao processo de envelhecimento foram: a fibrose das meninges, a dilatação dos ventrículos laterais, a hialinização vascular, a astrocitose do córtex, a acumulação de lipofuscina, o aumento do número de inclusões e corpos ubiquitinados, a deposição de proteína β-amilóide vascular e a formação de placas de amilóide. Apesar da maioria dos estudos neuropatológicos referirem que o cão não desenvolve a formação de tranças neurofibrilhares, o estudo ultraestrutural de quatro amostras de SNC de cães idosos identificou tranças neurofibrilhares no córtex temporal. O estudo do nervo e do músculo não demonstrou, nas amostras seleccionadas, alterações significativas relacionadas com a idade. Os resultados obtidos reforçam a teoria de que os cães idosos são um bom modelo de estudo da doença de Alzheimer e envelhecimento do humano.

 

Índice 

RESUMO

SUMMARY

ÍNDICE DE FIGURAS

ÍNDICE DE QUADROS

ÍNDICE DE GRÁFICOS

ABREVIATURAS E SIGLAS

1-INTRODUÇÃO

2-OBJECTIVOS

3- MATERIAIS E MÉTODOS

3.1-Amostras

3.2- Métodos

3.2.1-Dados Clínicos e Avaliação das Funções Cognitivas

3.2.2- Recolha de sangue para análise bioquímica

3.2.3- Necrópsia com colheita de encéfalo

3.2.4- Estudo macroscópico do encéfalo

3.2.4.1- Corte e selecção das áreas neuroanatómicas

3.2.4.2 - Métodos de avaliação de alterações macroscópicas

3.2.5- Estudo Histopatológico

3.2.5.1- Características histológicas

3.2.5.2 - Métodos de avaliação das características histológicas

3.2.6- Estudo imunohistoquímico

3.2.6.1-Preparação dos cortes e procedimento

3.2.6.2-Métodos de avaliação da imunorreactividade

3.2.7- Estudo de nervo e músculo

3.2.7.1- Colheita de nervo

3.2.7.2-Colheita de músculo

3.2.8- Microscopia Electrónica

3.3- Análise Estatística

4- RESULTADOS

4.1-Dados clínicos

4.2- Resultados das Análises Bioquímicas

4.3-Dados de necrópsia

4.4- Estudo macroscópico do encéfalo

4.4.1-Peso do encéfalo

4.4.2-Fibrose das meninges e atrofia do córtex

4.4.3-Dilatação ventricular

4.5- Estudo Histopatológico

4.5.1- Fibrose e Calcificação das meninges

4.5.2- Alterações vasculares

4.5.3-Inflamação

4.5.4-Satelitose

4.5.5- Pigmentos

4.5.5.1-Lipofuscina

4.5.5.2-Neuromelanina

4.5.6-Inclusões

4.5.6.1- Corpora amilácea

4.5.6.2-Esferóides axonais

4.5.7- Malformações e Tumores

4.5.7.1- Defeitos de migração de células da placa germinativa

4.5.7.2 - Tumores

4.6 -Estudo Imunohistoquímico

4.6.1- Imunorreactividade à Ubiquitina

4.6.2- Astrocitose

4.6.3- Deposição de proteína β- Amilóide (Aβ)

4.6.3.1- Angiopatia Amilóide Cerebral (AAC)

4.6.3.2- Placas de Amilóide

4.6.4- Imunorreactividade à proteína tau

4.7- Estudo do Nervo

4.7.1- Coloração de Hematoxilina e Eosina

4.7.2- Coloração com Azul de Toluidina

4.8- Estudo do Músculo

4.8.1- Coloração de Hematoxilina e Eosina

4.8.2- Coloração de Tricrómio de Gomori

4.8.3 -Estudo histoquímico

4.8.3.1- Reacção às Hidrolases- ATPase

4.8.3.2- Reacção às Desidrogenases - NADH e SDH

4.8.3.2.1- Reacção à NADH

4.8.3.2.2- Reacção à SDH

4.8.3.3-Coloração com PAS

5-DISCUSSÃO

6- CONCLUSÃO

7-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

8-ANEXOS


 

 

Trabalho completo