Medicina / Ciências Médicas e da Saúde

Dissertações de Mestrado

 

Avaliação da Incidencia das Gamapatias Monoclonais nos Doentes da Área do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE

 

Autor: Patrícia Isabel Martins Gonçalves dos Santos
Orientador: Anabela Silva, Marília Nunes

 

Mestrado em Análises Clínicas

Faculdade de Farmácia

Universidade do Porto
 

 

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Avaliação da Incidencia das Gamapatias Monoclonais nos Doentes da Área do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE

Resumo

Introdução: As Gamapatias Monoclonais constituem um grupo de doenças caracterizadas pela proliferação de um só clone de Linfócitos B, que produz imunoglobulinas monoclonais ou um fragmento da Imunoglobulina. Estas patologias podem constituir situações benignas ou malignas. Os indivíduos com picos monoclonais de imunoglobulinas ou dos seus fragmentos, mesmo que benignos, têm um risco mais elevado de desenvolverem Mieloma Múltiplo.
Objectivo: O presente estudo epidemiológico teve como objectivo avaliar a incidência das Gamapatias Monoclonais na população da área do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (CHTS), EPE.Material e Métodos: O estudo envolveu os doentes, entre Janeiro de 2004 até Dezembro de 2008, com resultado de electroforese das proteínas no soro, realizado no Serviço de Patologia Clínica do CHTS, EPE.
Resultados: Foram incluídos no estudo 2806 indivíduos, 1544 do sexo masculino e 1262 do sexo feminino, com uma média de idades de 49 anos. Do total de indivíduos, 81 (2,9%) apresentavam picos monoclonais, 46 (56,8%) do sexo masculino e 35 (43,2%) do sexo feminino, com uma idade média de 70 anos. Nos 81 indivíduos, verificou-se que a incidência das cadeias pesadas era de 70,4% (n=57) para IgG, seguidas por 22,2%(n=18) para IgA e por último 7,4% (n=6) para aIgM. No que diz respeito às cadeias leves, a incidência das cadeias k foi de 56,8% (n=46), e das cadeias γ foi de 43,2%(n=35).
Conclusões: A incidência das gamapatias monoclonais na população foi de 2,9% (n=81). As gamapatias monoclonais revelaram uma maior prevalência nos homens (56,8%, n=46) que nas mulheres (43,2%, n=35)), apresentando um o ratio masculino/feminino de cerca de 3:2. A idade média dos indivíduos com gamapatias monoclonais foi de 70 anos, sendo a incidência superior na população entre os 71 e os 80 anos. O tipo de cadeia pesada com maior incidência foi a IgG (70,4%, n=57), seguida da IgA (22,2%, n=18) e por último a IgM (7,4%, n=6). O tipo de cadeia leve com maior incidência foi a k (56,8%, n=46), a cadeia γ tem uma incidência de apenas 43,2%.

 

Palavras chave: Gamapatias monoclonais, Mieloma Múltiplo, Pico monoclonal, Incidência.

 

Índice

AGRADECIMENTOS
RESUMO
SUMMARY
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

INTRODUÇÃO

1. MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS – LINHA LINFÓIDE
2. PRODUÇÃO E CONSTITUIÇÃO DAS IMUNOGLOBULINAS

3. ESTADIAMENTO DE GAMAPATIAS MONOCLONAIS

3.1. GAMAPATIA MONOCLONAL DE SIGNIFICADO INDETERMINADO
3.2. MIELOMA MÚLTIPLO ASSINTOMÁTICO (MMA)
3.3. MIELOMA MÚLTIPLO (MM)

4. FISIOPATOLOGIA

5. EPIDEMIOLOGIA
6. PROGNÓSTICO
7. DIAGNÓSTICO

7.1. DIAGNÓSTICO CLÍNICO
7.2. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

7.2.1. ELECTROFORESE DAS PROTEÍNAS

7.2.2. IMUNOFIXAÇÃO OU ELECTROIMUNOFIXAÇÃO CAPILAR POR SUBTRACÇÃO 7.2.3. DOSEAMENTO DAS IMUNOGLOBULINAS

8. TRATAMENTO

MATERIAL E MÉTODOS

1. POPULAÇÃO EM ESTUDO

2. COLHEITA E SEPARAÇÃO DA AMOSTRA
3. ELECTROFORESE SÉRICA DAS PROTEÍNAS
4. ELECTROIMUNOFIXAÇÃO CAPILAR POR SUBTRACÇÃO
5. CONTROLO DE QUALIDADE
6. ANÁLISE DE DADOS

RESULTADOS

1. CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO EM ESTUDO

2. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA ELECTROFORESE SÉRICA E NA ELECTROIMUNOFIXAÇÃO
3. AVALIAÇÃO DE ANÁLISES LABORATORIAIS COMPLEMENTARES

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

CONCLUSÕES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 

 

Trabalho completo