Medicina / Ciências Médicas e da Saúde

Dissertações de Mestrado

Resumo

A esquizofrenia é uma doença crónica grave que atinge cerca de 1% da população mundial. Com a reformulação dos modelos de prestação de cuidados em Psiquiatria e Saúde Mental, têm-se verificado um aumento do número de doentes com perturbações mentais graves a viver com a família, cujos membros passam aestar assim potencialmente sujeitos a uma sobrecarga psicológica significativa. O presente estudo teve a participação de 44 famílias (22 no grupo experimental e 22 no grupo de controlo) de doentes com esquizofrenia. Numa primeira fase procedeu-se à avaliação do impacto da perturbação psiquiátrica na família através do questionário de problemas familiares – FPQ, e posteriormente à avaliação da eficácia de intervenções familiares de tipopsicoeducacional. Na primeira fase nas variáveis em estudo (sobrecarga objectiva, sobrecarga subjectiva, apoio recebido e atitudes positivas), os grupos não divergem. Depois da intervenção de cariz psicoeducacional constatou-se que o grupo experimental e controlo, obtiveram melhores resultados que os originalmenteobtidos, embora seja de salientar que o grupo experimental apresentou piores valores que o grupo controlo. Esta situação pode explicar-se pelo facto de o grupo experimental se consciencializar mais cedo da realidade do problema que os afecta - estar perante uma doença crónica, grave e incapacitante necessitando de tempo para realizar um processo de luto e se reorganizar perante uma nova realidade, traduzida na tomada de conhecimento da doença do seu familiar.

 

Palavras chave: Esquizofrenia; Familia; Cuidadores informais; Psicoeducação; Comunidade; Intervenções psicoeducativas; Sobrecarga familiar; Intervenções familiares.

 

Índice

Índice

Índice de tabelas
Índice de Figuras
Introdução
1. Definição de família

1.1 Doença mental e família
1.2 Quando um filho têm esquizofrenia
1.3 O envolvimento da família – perspectiva histórica
1.4 A família – o “olhar” do primeiro reformador
1.5 A família – Da década de quarenta até ao momento actual
1.6 A esquizofrenia

1.7 Epidemiologia

1.8 Etiologia

1.9 História natural da doença

1.10 Sobrecarga Familiar

1.10.1 Evolução cronológica do conceito de sobrecarga familiar
1.10.2 Sobrecarga das famílias

1.10.3 Conceito e dimensões da sobrecarga das famílias
1.10.4 Impacto da sobrecarga na saúde mental dos familiares

1.11 Emoção expressa em familiares de doentes psicóticos

1.12 Estratégias de Coping
1.13 Saúde mental / Doença mental
1.14 Mitos associados à doença mental

1.15 Estigma social da doença mental

2. Do Hospital à Comunidade – A Desistintucionalização

2.1 A Importância da reabilitação psicossocial, da integração social e do apoio às famílias

2.2 Filosofia de participação na desinstitucionalização
2.3 As necessidades das famílias com o processo da desinstitucionalização
2.4 Psicoeducação

2.4.1 Efeitos das intervenções psicoeducativas para famílias
2.4.2 Efeito sobre as recaídas
2.4.3 Efeito sobre o bem-estar das famílias

2.5 Cuidados continuados ao doente mental e a importância do domicilio

2.6 Intervenções Familiares

2.6.1 Avaliação, Validação e Efectividade das Intervenções familiares

2.6.2 Situação em Portugal

2.7 Programas de intervenção familiar

3. Objectivos e hipóteses do estudo
4. Material e métodos

4.1 Instrumentos de avaliação

4.1.1 Questionário de problemas familiares (FPQ)
4.1.2 Descrição do programa psicoeducacional de intervenção

4.2 Amostra

4.3 Tratamento estatístico

4.3.1 Diferenças ao nível das variáveis dependentes (variáveis do questionário)antes do programa educacional entre o grupo experimental e de controlo
4.3.2 Diferenças ao nível das variáveis dependentes (variáveis do questionário) após o programa educacional entre o grupo experimental e de controlo
4.3.3 Diferenças no grupo experimental antes e após o programa educacional
4.3.4 Diferenças no grupo de controlo, tendo como referencia o programa educacional

5. Resultados

5.1 Descrição da amostra
5.2 Resultados do questionário - FPQ

5.2.1 Diferenças entre os dois grupos (variáveis antes do programa educacional)
5.2.2 Diferenças entre os dois grupos (variáveis) após o programa educacional
5.2.3 Diferenças no grupo Experimental antes e após programa educacional
5.2.4 Diferenças no grupo de controlo, tendo como referencia o programa

5.3 Discussão dos resultados

6. Conclusões

6.1 Limitações do estudo
6.2 Propostas para futuros trabalhos

Bibliografia
 

 

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