Gestão / Administração

Dissertações de Mestrado

 

Candidatura a Subsídios de Investimento e Manipulação dos Resultados
Um estudo para o caso português

 

Autor: António Felisberto de Sousa Pinheiro
Orientador: José António Cardoso Moreira

 

Mestrado em Ciências Empresariais

Especialização em Contabilidade

Faculdade de Economia da Universidade do Porto
 

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Candidatura a Subsídios de Investimento e Manipulação dos Resultados

Resumo

O presente estudo tem por objectivo investigar a existência de manipulação contabilística dos indicadores financeiros em empresas candidatas a subsídios estatais ao investimento. A minha hipótese de investigação prevê que as empresas candidatas a subsídios de investimento sujeitos ao cumprimento “a priori” de targets para os indicadores financeiros – como o rácio de autonomia financeira – têm um incentivo para
exercerem práticas de manipulação contabilística que lhes permitam atingir o valor mínimo exigido para o rácio. Num contexto empresarial caracterizado pela predominância de pequenas e médias empresas, onde os bancos são normalmente a única fonte de financiamento possível e disponível, a obtenção de um subsídio pode ser vista como uma fonte de financiamento “extra”, potencialmente, de mais fácil acesso e menos exigente do que as restantes. O seu recebimento constitui, neste contexto, um incentivo para que as empresas procurem a sua obtenção, nomeadamente quando não reúnem as condições mínimas exigidas.Usando uma metodologia baseada na análise de amostra de controlo (e.g. Sweeney, 1994) estimo um modelo econométrico que testa a diferença de comportamento verificado no rácio de autonomia financeira entre empresas candidatas e não candidatas, nos períodos pré-candidatura. Os resultados obtidos sugerem uma relação entre a candidatura a subsídios de investimento e a existência de práticas de manipulação contabilística. Para as empresas que não dispõe, “a priori”, do rácio de autonomia financeira exigido observa-se um ajustamento mais rápido e significativamente diferente nos períodos pré-candidatura, o que indicia a existência de manipulação contabilística. No período pós-candidatura, após serem contempladas com o subsídio, verifica-se um movimento ligeiramente descendente do rácio que é consistente com a reversão de efeitos de manipulação dos resultados no período pré-candidatura.

 

Palavras chave: Ciências Empresariais, Master Programme in Management Sciences

 

Índice 

Nota biográfica
Agradecimentos
Resumo
Abstract
Índice
Índice de tabelas
Lista de siglas
Introdução

1. Incentivos à manipulação contabilística: enquadramento teórico

1.1. Uma definição de earnings management

1.1.1. Earnings management versus manipulação contabilística
1.1.2. Manipulação “legal” versus manipulação “fraudulenta”
1.1.3. Noção de manipulação contabilística

1.2. A Teoria Positiva da Contabilidade: incentivos à manipulação contabilística

1.2.1. Incentivos à manipulação contabilística

1.2.2. Incentivos à manipulação no caso português: os subsídios

2. Breve caracterização dos subsídios ao investimento: o caso do SIME

2.1. Tipologia dos subsídios
2.2. Condições de elegibilidade impostas

3. Metodologias de investigação e desenvolvimento de hipóteses

3.1. Desenvolvimento da hipótese de investigação
3.2. Aferir as práticas de manipulação: metodologias de investigação

3.2.1. Principais metodologias de detecção de manipulação
3.2.2. Metodologias de carácter abrangente

3.3. Metodologias a usar no presente estudo

3.3.1. Uso de amostra de controlo
3.3.2. Especificação do modelo de análise

3.4. Selecção da amostra

3.4.1. A amostra-base
3.4.2. A amostra de controlo
3.4.3. Descrição da amostra

4. Análise dos resultados

4.1. Análise da evidência empírica
4.2. A avaliação da velocidade de ajustamento do rácio de autonomia financeira
4.3. Comportamento diferenciado das empresas da amostra-base
4.4. Testes de robustez

4.4.1. Modelo alternativo de avaliação do rácio de autonomia financeira

4.4.2. Testes ao modelo-base para os anos pós-candidatura

5. Notas finais

5.1. Conclusões
5.2. Contributos
5.3. Limitações
5.4. Sugestões para investigação futura

Referências bibliográficas

Anexos
 

 

 

Trabalho completo