Ciências da Educação

Dissertações de Mestrado

 

As representações sociais e expectativas dos professores do 3º Ciclo e Ensino Secundário face à utilização da Plataforma Moodle

 

Autor: Patrícia Marina Cunha Farias
Orientador: António Quintas Mendes

 

Mestrado em Pedagogia do E-Learning 

Universidade Aberta
 

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As representações sociais e expectativas dos professores do 3º Ciclo e Ensino Secundário face à utilização da Plataforma Moodle

Resumo

Conhecer o universo das significações com que os professores encaram a plataforma Moodle foi a principal linha que norteou o presente trabalho. Em boa verdade, quando se pensa numa determinada realidade, concebem-se variegadas significações em torno da mesma e, à medida que o tempo vai passando, tais significações vão-se definindo, vão-se consolidando. Ora, foi esta a ideia que impulsionou a realização do estudo que nos propusemos fazer. Assim, a nossa motivação baseou-se no desejo de conhecer as representações que os professores, do 3.º ciclo e ensino secundário, constroem do trabalho com a plataforma virtual de aprendizagem Moodle. Para levar a cabo este trabalho aplicou-se um questionário a uma amostra de conveniência, constituída por docentes de escolas do 3.º ciclo e ensino secundário, pertencentes aos distritos da Guarda e de Castelo Branco, utilizadoras activas da plataforma Moodle. A escolha destes ciclos de ensino teve por base a convicção de que eles representam o final de ciclos que se revelam cruciais para o aluno, uma vez que são momentos de transição. Estes momentos de transição exigem do sujeito aprendente um papel mais activo, isto é, será necessário que se tornem ainda mais responsáveis, mais autónomos. Para além disso, é nestes ciclos de ensino que se tem verificado uma maior incidência de professores utilizadores da Moodle. Além dos questionários, foram também efectuadas seis entrevistas a formadores de professores, também eles professores, que ministraram/ministram acções de formação que visam preparar os docentes para a utilização da plataforma. Estas entrevistas possibilitaram complementar os dados obtidos através da análise dos questionários. De um total de 366 questionários, foram obtidos 225 casos válidos, isto é, 225 professores utilizadores da Moodle, sendo que o intervalo de idades da maioria dos inquiridos se situa entre os 41 e os 50 anos de idade (41%), seguido de perto pelo intervalo dos 31 aos 40 anos de idade (38%). A média de idades dos inquiridos situa-se nos 41 anos. Em termos de género, 63% dos inquiridos são do sexo feminino e 37% do sexo masculino. Os resultados obtidos revelaram existir uma atitude maioritariamente positiva face ao trabalho com a Moodle, sendo considerada uma ferramenta com elevado cariz interactivo, estimulante, motivadora, capaz de promover e melhorar do aproveitamento do aluno, incentivando-o a tornar-se mais activo, mais autónomo. A Moodle é encarada, por muitos docentes, como uma ferramenta com grandes potencialidades pedagógicas, capazes de criar um ambiente incitante para o aluno, uma vez que vai ao encontro das suas motivações, pois recorre à utilização das novas tecnologias, tão do gosto dos nossos alunos. Os professores tendem a representar o trabalho da Moodle como facilitador da criação de ambientes construtivistas da aprendizagem, que acelera a mudança de papel do professor, fazendo com que este se torne num mediador de saberes, um gestor da sua aprendizagem. Não obstante, os professores também associam a Moodle a trabalho, a falta de tempo. Muitos afirmaram que esta ferramenta torna muito morosa a preparação das aulas e exige do professor competências que este ainda não possui. Efectivamente, a formação dos professores para a Moodle passa pela preparação técnica dos mesmos para a utilização da plataforma, descurando bastante a componente pedagógica, o que faz com que a Moodle seja usada, essencialmente, como um repositório de conteúdos.

 

Palavras chave: TIC; Professor; Moodle; Construtivismo; Representações Sociais.

 

Índice

Agradecimentos
Dedicatória
Resumo
Abstract
Índice de Quadros
Índice de Gráficos
Índice de Figuras
Índice de Anexos
Pedra Filosofal

Capítulo I – Introdução ao estudo

Capítulo II - Enquadramento teórico-conceptual das novas tecnologias da informação e da comunicação no contexto educativo.

1. As Novas Tecnologias na Sociedade em Rede
2. Os desafios anunciados para a Escola, perante a emergência da Sociedade da Informação.

2.1 As TIC e a Educação: um novo percurso, em busca de uma nova identidade.
2.2 Práticas Pedagógicas versus Tecnologia Educativa: a metamorfose do conceito de ensinar e aprender.
2.3 A hora da e-Mudanç@: da escola secular à escola nova - uma reflexão necessária.
2.4 A constelação Internet na escola: um novo ambiente de ensino/ aprendizagem.

2.5 O processo de ensino/aprendizagem mediado pela tecnologia

2.5.1 O ensino @ distância (e-learning)
2.5.2 O modelo misto de aprendizagem (b-learning)

3. Learning Management Systems (LMS): a osmose entre o ensino a distância e o ensino presencial.

3.1 Learning Management Systems (LMS) – uma possível definição.
3.2 Os LMS - a mediação colaborativa das aprendizagens.
3.3 Do pau de giz à plataforma virtual de aprendizagem – MOODLE

3.3.1 A plataforma Moodle e os números que a representam

3.4 Usar ou não usar um LMS como o Moodle: eis a questão.

4. O futuro da educação perante as TIC

Capítulo III – Ser professor no século XXI: em busca de uma nova identidade?.

1. Ensinar no novo século: um novo olhar sobre as práticas educativas.
2. Quem é o professor do novo século?

Capítulo IV - As Representações Sociais e Educação

1. Uma abordagem geral do conceito
2. Os fundadores do conceito das RS.
3. Definição e funções da RS
4. As RP no contexto educativo: o professor perante os LMS - um corpo estranho?

Capítulo V – Metodologia de Investigação

1. Natureza do Estudo
2. Objectivos do Estudo
3. As hipóteses de investigação

4. Processo de Amostragem

4.1 População
4.2 Amostra
4.3 Técnicas e instrumentos de recolha de dados:

5. Tratamento dos dados

6. Amostra em estudo

6.1. Composição da amostra segundo o género dos inquiridos:
6.2. Composição da amostra segundo o intervalo de idade dos inquiridos
6.3. Composição da amostra segundo o distrito onde lecciona
6.4. Composição da amostra segundo o grupo de ensino em que lecciona
6.5. Composição da amostra segundo o ciclo de ensino em que lecciona
6.6. Composição da amostra segundo o tempo de serviço docente
6.7. Composição da amostra segundo o grau académico

7. A relação dos inquiridos com o computador

7.1. Utilização do computador durante a licenciatura
7.2. Frequência de utilização do computador na actualidade
7.3. Acesso à Internet em casa
7.4. Frequência de acesso à Internet em casa

8. Utilização da plataforma Moodle, enquanto ferramenta de apoio ao processo de ensino-aprendizagem

8.1. Utilizadores e não utilizadores da plataforma Moodle.
8.2. Tempo de utilização da plataforma Moodle.
8.3. Frequência de acções de formação acerca da Moodle.
8.4. Avaliação da(s) acção(ões) de formação acerca da Moodle.

9. Possíveis condicionantes para a utilização/não utilização da Moodle

9.1. Relação entre uso do computador no ensino superior e a utilização da Moodle
9.2. Relação entre o tempo de serviço docente e a utilização da Moodle.
9.3. Relação entre o ciclo de ensino e a utilização da Moodle

10. O olhar dos professores sobre a Moodle

10.1. Poderá a utilização da plataforma Moodle influenciar a relação do professor com as TIC?

10.2. Poderá a utilização da plataforma Moodle gerar um ambiente construtivista na sala de aula?
10.3. Poderá a utilização da plataforma Moodle mudar o papel do professor na
sala de aula, tornando-o num facilitador de conhecimentos?
10.4. Poderá a utilização da plataforma Moodle melhorar a relação do professor com os sujeitos aprendentes?
10.5. Poderá a utilização da plataforma Moodle aproximar o professor dos sujeitos aprendentes?
10.6. Poderá a utilização da plataforma Moodle estimular a participação dos sujeitos aprendentes, em contexto sala de aula?
10.7. Poderá a utilização da plataforma Moodle melhorar o desempenho escolar dos sujeitos aprendentes?
10.8. Poderá a utilização da plataforma Moodle estimular interacção de aluno mais inibidos?
10.9. Poderá a utilização da plataforma Moodle alterar as metodologias e parâmetros de avaliação do professor?
10.10. Poderá a utilização da plataforma Moodle despertar o interesse do professor pela utilização das ferramentas associadas à LMS em estudo?
10.11. Poderá a utilização da plataforma Moodle estimular o professor a aprofundar conhecimentos e metodologias de ensino no âmbito da utilização das TIC?
10.12. Poderá a utilização da plataforma Moodle facilitar a forma de aprendizagem dos alunos?
10.13. Poderá a utilização da plataforma Moodle tornar mais estimulante o acto de ensino?
10.14. Poderá a utilização da plataforma Moodle despoletar um aumento da criatividade do professor e estimulá-lo para a modificação das suas práticas pedagógicas?
10.15. Poderá a utilização da plataforma Moodle fazer com que o aluno deixe de ser sujeito passivo no contexto de ensino-aprendizagem?
10.16. Poderá a utilização da plataforma Moodle tornar a preparação das aulas mais morosa?
10.17. Poderá a utilização da plataforma expor demasiado as aulas e materiais do professor aos seus colegas?
10.18. O que significa, para o professor, trabalhar com a Moodle?
10.19. Opinião dos professores sobre o trabalho com a Moodle.

11. Uma outra perspectiva sobre o trabalho dos professores com a Moodle

Capítulo VI – Conclusão

1. Análise e discussão dos resultados
2. Limitações do trabalho
3. Implicações educacionais
4. Questões para investigações futuras

Referências Bibliográficas

ANEXOS
 

 

Trabalho completo