Ciências da Educação Dissertações de Mestrado
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Uma perspectiva de desenvolvimento profissional de professores de matemática
Autor:
Hernâni Serafim Alves Parente
Mestrado
em Educação
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Resumo “Aprender matemática é aprender a construir relações matemáticas, negociar significados e reflectir sobre a sua actividade matemática” (Fernandes, 1998, p. 249). Sendo assim, esta autora, leva-nos a um questão: o que é o saber? O saber é estático, parado, determinado, ou em movimento, em construção, ou uma e outra complementam-se? Na escola, aprendemos que “o saber é aquilo que os professores sabem e que nós não sabemos” (Barth, 1996, p. 87), que é aquilo que está escrito nos livros e que “aprendemos escutando, lendo, estando atentos, memorizando, ou eventualmente graças a um dom inato” (Ibidem). Mas há o “outro lado do saber, o lado escondido: aquele que está a estruturar-se no cérebro dos alunos, aquele que evolui, aquele que é relativo ao tempo, ao contexto e à afectividade, aquele que é provisório e que precisa da mediação de outrem para se tornar um saber validado: o saber em construção” (Ibidem). A escola é o local onde este último deveria ter relevância, tendo como referência o primeiro, o saber construído, o que “vem” nos manuais e o que é “dado” pelos professores, mas impulsionando o saber em construção. O que defendemos neste trabalho? Que “a discussão assume papel fundamental nas aulas de Matemática” (Fernandes, 1998, p. 249), que esta discussão é privilegiada em ambiente colaborativo/cooperativo, não só no saber construído pelos alunos, onde estes aprendem as regras de jogo para a aquisição desse saber em construção em conexão com o primeiro, o saber construído, mas também, por parte dos professores, que sendo assim, em conjunto, em discussão, em colaboração (onde também poderão intervir os alunos), são os “criadores” destes ambientes colaborativos/cooperativos, e eles próprios em colaboração, nesses ambientes, ajudarão nessa construção. É neste espírito que dois professores, vão para o terreno “fazer” esta construção com dois grupos (duas turmas) de alunos do 8º ano. Construíram os materiais julgados convenientes para cada uma das 14 sessões videogravadas, tendo cada uma delas quatro momentos: Ficha Orientada (Anexos 5 a 10); Comentários dos alunos ao Calvin/Mafalda (inseridos nas Fichas Orientadas); Auto-avaliação dos alunos: “Sobre a aula de hoje” (Anexo 11); Grelha de Observação da aula dos professores (Anexo 12). Os dados relativos à vivência das turmas, em que o trabalho era de índole cooperativa, foram registados em vídeo. Além das aulas, serviram também como dados a auto-avaliação dos alunos (na ficha referida), os registos efectuados pelos alunos nas “fichas orientadas” mencionadas, entrevistas orais aos alunos, e uma entrevista feita à professora colaboradora. Uma das grandes conclusões a que se chega é de que o trabalho colaborativo, além da riqueza criadora e da segurança “laboral”, é potencialmente significativo nas aprendizagens dos intervenientes (alunos e professores). “Há tempo para tudo” como iremos, ambos, constatar (criar situações agradáveis, utilização e criação de diferentes artefactos – informáticos e outros – cumprir o programa,…). Numa frase: “Os alunos aprendem em situações de sala de aula das quais eles são construtores” (Fernandes, 1998, p. ii).
Índice 1. Introdução 2. Ensino/Aprendizagem. Mais aprendizagem…
2.1. O Mundo em mudança 3. Formação de Professores 3.1. Desenvolvimento profissional do professor de Matemática 19
3.1.1. Conhecimento profissional 3.2. Trabalho Colaborativo
3.2.1. Método de investigação 3.2.4. Calendarização 3.3. As “videogravações” 3.3.1. Como decorreram as aulas videogravadas 3.3.1.1. O que é que se desenvolveu? 3.3.1.2. Como é que Funcionou?
3.3.3.2.1. Perspectiva dos alunos 3.3.1.3. Em que é que resultou? 4. Lista de Referências 5. Anexos
Anexo 1 – Autorização do Encarregado de
Educação para as videogravações Anexo 6 – as sessões… 30 de Abril de 2004 – “A Profundidade do Poço” Anexo 7 – as sessões… 07 e 14 de Maio de 2004 – “Funções com o GraphMat”; “Um estudo sobre o clima”
Anexo 8 – as sessões… 21 de Maio de 2004 –
“Rectângulos de ouro na Arte Shoshone”
Anexo 11 – Auto-avaliação dos Alunos:
“Sobre a aula de hoje”
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