Ciências da Educação

Dissertações de Mestrado

 

Perspectivas de avaliação na disciplina de matemática, de alunos do 2º e do 3º ciclos do ensino básico

 

Autor: Nuno Miguel Pinto da Silva
Orientador:
Maria da Conceição Abreu Ramalho de Almeid

 

Mestrado em Educação
Supervisão Pedagógica em Ensino da Matemática

Universidade do Minho
 

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Perspectivas de avaliação na disciplina de matemática, de alunos do 2º e do 3º ciclos do ensino básico

Resumo

Tradicionalmente, a avaliação centrava-se fundamentalmente no professor, que exercia uma função de controlo com incidência no resultado das aprendizagens dos alunos. Porém, nos últimos tempos, este cenário começou a suscitar a preocupação dos agentes educativos, que reclamam práticas de avaliação centradas nos alunos, exercendo o professor uma função de facilitador da aprendizagem e enfatizando o processo. A avaliação na disciplina de Matemática e os resultados dos alunos têm sido objecto de numerosos debates sociais. No entanto, o papel dos alunos e as suas perspectivas não têm sido objecto de muitos estudos. É este o ponto de partida para a nossa investigação, que incidiu num grupo de alunos de uma escola E.B.2,3 do distrito do Porto. Assim, tendo como objectivo principal diagnosticar as perspectivas de avaliação dos alunos do Ensino Básico na disciplina de Matemática, procurámos compreender as implicações dessas perspectivas no processo de ensino-aprendizagem; dar voz aos alunos e enumerar algumas medidas, por eles sugeridas, que possam ajudar à clarificação e melhoria do processo avaliativo. Formulámos, então, as seguintes questões: o que pensam os alunos da avaliação em Matemática: 1) quais as suas perspectivas sobre a avaliação? 2) qual a utilidade que lhe atribuem? 3) como é efectuado esse processo? é negociado? imposto? transparente? 4) Terá a avaliação influência no percurso escolar e de vida do aluno? O trabalho encontra-se dividido em duas partes: um enquadramento teórico e um enquadramento empírico. O enquadramento teórico subsidiou o trabalho de campo efectuado e explicita os principais conceitos relacionados com a temática. O estudo, de natureza mista, quantitativa e qualitativa, partiu de uma abordagem qualitativa para construção de um questionário que foi aplicado a 128 alunos do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico. Verificámos que a maioria dos alunos inquiridos diz gostar da disciplina de Matemática (pela utilidade dos conteúdos ou por ser uma disciplina fundamental para a progressão dos estudos). Este gosto vai, contudo, diminuindo, quando se avança no ano de escolaridade. O facto de ser comum dizer-se que a Matemática é uma disciplina difícil é, por si só, um factor capaz de influenciar, negativamente, cerca de 20% dos alunos. Os alunos atribuem ao professor de Matemática uma influência considerável no seu gosto pela disciplina. Por outro lado, atribuem à avaliação uma função essencialmente formadora e reguladora, considerando que serve para, tanto eles, quanto o professor, “ultrapassarem” necessidades e dificuldades “construindo” o conhecimento. Os testes sumativos continuam referenciados, pelos alunos, como o instrumento mais utilizado pelos professores. No que se refere à negociação da avaliação, observámos grandes diferenças entre os resultados obtidos no 2º ciclo e os resultados obtidos no 3º ciclo. Enquanto que 96,4% dos alunos do 2º ciclo consideram ter tido a possibilidade de negociar a forma como seriam avaliados, apenas 27,4% dos alunos do 3º ciclo consideram ter tido esta oportunidade. No entanto, a maioria dos alunos (acima dos 60%) afirma não saber o valor que o professor atribui a cada um dos elementos que utiliza na sua avaliação. Tanto os alunos do 2º ciclo quanto os do 3º ciclo consideram que poderiam ajudar o professor a conhecer melhor aquilo em que têm mais dificuldades, assim como os seus progressos. Para isso, reclamam uma participação mais activa na sua avaliação. Por último, verificámos que os alunos reproduzem o modelo de avaliação dos seus professores, pois também eles utilizariam, se estivessem no papel de professores, os testes, o comportamento e a participação como principais elementos de avaliação.

 

Índice

AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
ÍNDICE
LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
1.2. IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
1.3. OBJECTIVOS E QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO
1.4. METODOLOGIA DO ESTUDO
1.5. LIMITAÇÕES DO ESTUDO

CAPÍTULO II – REVISÃO DE LITERATURA

2.1. PERSPECTIVAS DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
2.2. AVALIAÇÃO: AO ENCONTRO DE UMA DEFINIÇÃO
2.3. FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO
2.4. AVALIAR

2.4.1. PARA QUÊ?
2.4.2. O QUÊ?
2.4.3. QUANDO?
2.4.4. COMO?
2.4.5. QUEM?
2.4.6. PARA QUEM?

2.5. MODALIDADES DE AVALIAÇÃO

2.5.1. AVALIAÇÃO FORMATIVA DIAGNÓSTICA
2.5.2. AVALIAÇÃO FORMATIVA
2.5.3. AVALIAÇÃO FORMADORA
2.5.4. AUTO AVALIAÇÃO: UM CAMINHO PARA A AUTONOMIA
2.5.5. AVALIAÇÃO SUMATIVA

2.6. A POLÍTICA EDUCATIVA E A AVALIAÇÃO

2.6.1. O CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS
2.6.2. ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

2.7. O PROFESSOR DE MATEMÁTICA E A AVALIAÇÃO
2.8. CONCEPÇÕES DOS ALUNOS SOBRE AVALIAÇÃO

CAPÍTULO III – METODOLOGIA

3.1. FUNDAMENTAÇÃO
3.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA
3.3. INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE RECOLHA DE DADOS

3.3.1. A ENTREVISTA
3.3.2. O QUESTIONÁRIO

CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1. RESULTADOS REFERENTES AO 2º CICLO

4.1.1. DIMENSÃO GOSTO PELA MATEMÁTICA
4.1.2. DIMENSÃO PERSPECTIVAS DE AVALIAÇÃO
4.1.3. DIMENSÃO MODALIDADE DE AVALIAÇÃO
4.1.4. DIMENSÃO ACTIVIDADES E AVALIAÇÃO
4.1.5. DIMENSÃO AVALIAÇÃO IMPLEMENTADA PELO PROFESSOR
4.1.6. DIMENSÃO NEGOCIAÇÃO DA AVALIAÇÃO
4.1.7. DIMENSÃO REPRESENTAÇÃO DA AVALIAÇÃO

4.2. RESULTADOS REFERENTES AO 3º CICLO

4.2.1. DIMENSÃO GOSTO PELA MATEMÁTICA
4.2.2. DIMENSÃO PERSPECTIVAS DE AVALIAÇÃO
4.2.3. DIMENSÃO MODALIDADE DE AVALIAÇÃO
4.2.4. DIMENSÃO ACTIVIDADES E AVALIAÇÃO
4.2.5. DIMENSÃO AVALIAÇÃO IMPLEMENTADA PELO PROFESSOR
4.2.6. DIMENSÃO NEGOCIAÇÃO DA AVALIAÇÃO
4.2.7. DIMENSÃO REPRESENTAÇÃO DA AVALIAÇÃO

4.3. COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DOS 2º/3º CICLOS

4.3.1. DIMENSÃO GOSTO PELA MATEMÁTICA

4.3.2. DIMENSÃO PERSPECTIVAS DE AVALIAÇÃO
4.3.3. DIMENSÃO MODALIDADE DE AVALIAÇÃO
4.3.4. DIMENSÃO ACTIVIDADES E AVALIAÇÃO
4.3.5. DIMENSÃO AVALIAÇÃO IMPLEMENTADA PELO PROFESSOR
4.3.6. DIMENSÃO NEGOCIAÇÃO DA AVALIAÇÃO
4.3.7. DIMENSÃO REPRESENTAÇÃO DA AVALIAÇÃO

CAPÍTULO V – CONCLUSÕES

5.1. PERCEPÇÃO GERAL
5.2. SÍNTESE DOS RESULTADOS
5.3. COMENTÁRIO FINAL
5.4. PERSPECTIVAS DE INVESTIGAÇÃO FUTURA

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

ANEXO I
ANEXO II
ANEXO III
ANEXO IV
ANEXO V
ANEXO VI
 

 

Trabalho completo