Ciências da Educação

Dissertações de Mestrado

Resumo

Este estudo de natureza qualitativa descritiva analisa ideias de professores de História sobre a utilização de fontes do manual escolar no contexto da sala de aula. Enquadra-se na linha de investigação em cognição histórica e procura indagar que tipos de fontes do manual privilegiam os professores, como é que utilizam essas fontes e que justificações subjazem a esse tipo de utilização. Consideramos o debate actual sobre o papel importante que os manuais desempenham, sendo um recurso didáctico institucionalmente adoptado e repositório de documentos seleccionados para serem analisados e trabalhados na sala de aula. A amostra foi constituída por 16 professores a leccionar o oitavo ano de escolaridade no ano lectivo de 2005/06, em escolas de tipo EBI, EB2,3 e EB2,3/S e foi recolhida em 10 dos 14 concelhos do distrito de Braga. A recolha de dados contemplou a aplicação de uma entrevista fechada – ficha técnica – e uma entrevista semi-estruturada composta de duas partes: na primeira indagava-se a recepção do manual pelo professor e a importância atribuída e na segunda, questões abertas sobre a descrição de uma aula. Deste instrumento constava um conjunto de materiais – selecção da unidade temática do Renascimento – correspondentes às páginas de dois manuais (Asa e Texto Editora) previamente seleccionados. A análise dos dados seguiu o método da análise de conteúdo associada à grounded theory. Emergiram duas dimensões de análise: 1) Características do manual (construtos elementos internos e elementos externos; 2) Utilização das fontes do manual (construtos reacção, utilização, apreciação). A primeira integra as categorias EIT – texto, fontes, actividades, conteúdos – e EEX – formato, peso, volume, preço. A segunda, integra para REAC – gosta, gosta bastante, indiferente; para UTIL – ilustração, rotina, reflexão/construção; para APRE – inadequadas, adequadas, decorativas, pertinentes. As conclusões sugerem que o que os professores mais/menos apreciam é o grau de desenvolvimento da narrativa, a adequação das fontes, as imagens apelativas e as actividades propostas pelo manual. Há ligeiras diferenças em relação a um e outro manual, mas todos o consideram imprescindível. A maior parte dos entrevistados considera as fontes positivas e necessárias e/ou fundamentais para a construção do saber histórico.

 

Índice

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1

MANUAIS ESCOLARES: CONTRIBUTOS PARA UMA REFLEXÃO NA ACÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA 7

1.1. Concepção, funções e utilização do manual

1.1.1. Investigação na Europa, E.U.A e Brasil

1.1.2. Investigação em Portugal

1.1.2.1. Investigação em Portugal – História

1.1.3 Estudos no âmbito da Educação Histórica

CAPÍTULO 2

FONTES HISTÓRICAS: O CONCEITO E A SUA IMPORTÂNCIA PARA O ENSINO DA HISTÓRIA

2.1. Breve abordagem do conceito "fonte" histórica

2.2. A importância das fontes para o ensino da História

2.3. Educação Histórica em Portugal: que competências desenvolver?

CAPÍTULO 3

METODOLOGIA

3.1. Desenho do estudo

3.1.1. Natureza do estudo

3.1.2. Questão de investigação e objectivos do estudo

3.1.3. População e Amostra

3. 1.3.2. Amostra

3.1.3.3 Caracterização da amostra (estudo piloto e principal)

3.2. Instrumentos de recolha de dados

3.2.1. Entrevista (s)

3.2.1.1. Construção do (s) instrumento (s)

3. 3. Procedimentos

3.3.1. Procedimentos de recolha dos dados

3.3.1. 1. Estudo exploratório

3.3.1.2. Estudo piloto

3.3.1.3. Estudo principal

3.3.2. Procedimentos de pré – análise de dados

3.3.2.1. Entrevistas do estudo – piloto

3.3.2.2. Entrevistas do estudo – piloto e principal

3.3.2.2.1. Primeira etapa – a exploração inicial das entrevistas

3.3.2.2.2. Segunda etapa – Os materiais dos manuais A e T considerados na entrevista 104

3.3.2.2.3. Terceira etapa – Definição de categorias para a primeira dimensão de análise 107

3.3.2.2.4. Quarta etapa – Definição de categorias para a segunda dimensão de análise

3.3.3. Autorização para utilização de materiais do (s) manual (ais) no estudo

3 CAPÍTULO 4

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

4.1 Enquadramento metodológico

4.2 O manual enquanto recurso didáctico utilizado por professores e alunos

4.2.1. O manual escolar adoptado na escola

4.2.2. O manual escolar adoptado: qualidades e defeitos

4.2.2.1. Exemplos de cada uma das categorias do construto (EIT)

4.2.2.2. Exemplos de cada uma das categorias do constructo EEX

4 4.3. Importância do manual para o estudo da disciplina de História

4.4. A utilização de fontes do manual a partir de uma situação concreta de aula

4.4.1. Fontes seleccionadas pelos professores para o trabalho na aula

4.4.1.1. Manual A

4.4.1.2. Manual T

4.4.2.Utilização das fontes: reacção, utilização e apreciação

4.4.2.1. Manual A

4.4.2.2. Manual T

CAPÍTULO 5

REFLEXÕES FINAIS

5.1. Comentários finais

5.2. Limitações do estudo e sugestões para futuras investigações

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A N E X O S

ANEXO I – A : Manuais de História do 8. Ano (adoptados pelas Escolas dos ensinos Básico e Secundário do distrito de Braga no ano lectivo de 2005/2006

ANEXO I – B: Contacto com escolas e professores sobre disponibilidade para participação no estudo

ANEXO II – A

Ficha Técnica

ANEXO II – B : Entrevista sobre a utilização dos manuais escolares pelos professores

Anexo II C - Reprodução da capa e páginas 33-39 do manual "Rumos da História 8" da Editora Asa, devidamente autorizada pela Editora/Autores, a nosso pedido, para utilização exclusiva deste estudo

Anexo II D - Reprodução da capa e das páginas 56-63 do manual "História 8" da Texto Editora, devidamente autorizada pela Editora, a nosso pedido, para utilização exclusiva deste estudo

ANEXO III A

ANEXO IV – Quadro identificativo dos recursos apresentados nos manuais A e T
 

 

Trabalho completo