Ciências da Educação Dissertações de Mestrado
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Um estudo de Etnomatemática
Autor:
Eugénia Maria de
Carvalho Pardal
Pires
Mestrado em Ensino
das Ciências
Universidade Aberta Se é autor de uma tese / dissertação de mestrado ou de doutoramento envie-nos para knoow.net@gmail.com e ajude-nos a enriquecer ainda mais o nosso site. |
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Resumo A presente Dissertação tem como objectivo principal responder à problemática: qual a Matemática praticada pelos pedreiros em contexto profissional. O quadro teórico que serviu de base à investigação é composto por duas partes: uma sobre a Etnomatemática, baseada principalmente no autor D’Ambrósio e a outra nas Comunidades de Prática, baseada no trabalho de Lave e Wenger. No domínio metodológico o estudo inclui uma componente empírica que envolveu a recolha de dados, numa empresa da construção civil (obra). Foi realizada através de procedimentos de inspiração etnográfica e envolveu um grupo de pedreiros, alguns serventes e o mestre-de-obra. Foram realizadas observações em contexto profissional e entrevistas semi estruturadas. A análise dos dados seguiu um esquema analítico de natureza interpretativa. Foram analisados dez episódios em contexto profissional: nomeadamente “A construção de um esquadro de grandes dimensões”; “ Um traço de massa!”; “Uma fracção de terreno ou de um mosaico…”; “Do desenho à realidade!”; “O lago circular sem Pi!”; “A inclinação do telhado”; “Quantos degraus colocam na escada?”; “Quantos tijolos vão precisar…”; “Uma carga de areia do rio quantos metros cúbicos traz?”; “Círculos inscritos num quadrado”; “As casas geminadas…”. Nestes episódios a Matemática encontra-se de forma implicitamente emergindo, evidenciando os saberes matemáticos praticados pelos pedreiros em contexto profissional. Como conclusões para o referido estudo apontámos a dicotomia existente entre a origem do conhecimento matemático dos pedreiros embutido nas suas práticas profissionais e aquele conhecimentos legitimados pela Matemática escolar. A origem da aquisição do conhecimento matemático e o rigor da sua aplicabilidade são aspectos igualmente analisados neste estudo. Por fim, nesta investigação emergem implicações para a prática lectiva da Matemática, nomeadamente, em relação ao currículo numa abordagem mais prática e próxima do quotidiano dos alunos podendo inspirar exemplos para utilizar em contexto educacional, tanto no ensino básico, como no secundário, no ensino recorrente ou até mesmo nas novas oportunidades, e na educação matemática para adultos.
Palavras chave: Educação matemática; Etnomatemática; Práticas profissionais; Conhecimento matemático informal.
Índice
RESUMO
AGRADECIMENTOS INDICE DE FIGURAS CAPITULO I- INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO
1.1. Problema e questões de investigação:
CAPITULO II- EQUADRAMENTO TEÓRICO 2.A ETNOMATEMÁTICA
2.1. Etnomatemática: o Saber Matemático e
o Saber Cultural 2.4.1. Ajudar alunos menos desfavorecidos 2.4.2. Contribuir para a paz e respeito entre povos 2.4.3. Aproximar o conhecimento matemático teórico da prática 2.5. As Críticas à Etnomatemática CAPITULO III- EQUADRAMENTO TEÓRICO 3.COMUNIDADES DE PRÁTICA 3.1. A Aprendizagem teórica e prática
3.1.1. A Comunidade 3.1.3. As Comunidades de Prática 3.2. A Aprendizagem Matemática: uma prática interactiva 3.2.1. Interacção social 3.2.2. O papel de relevo da interacção social na apreensão de conhecimentos e competências matemáticas 3.2.3. Três infra – estruturas para a aprendizagem
3.2.3.1. O Compromisso 3.2.3.3. A Imaginação 50 CAPITULO IV- METODOLOGIA 4.METODOLOGIA 4.1. Natureza da investigação
4.2. Orientações do trabalho etnográfico 4.4. Técnicas e instrumentos de investigação 4.4.1. Observação Participante 4.4.2. Entrevistas exploratórias 4.5. Análise e organização dos dados CAPITULO V- RECOLHA DE DADOS 5.RECOLHA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
5.1. Local e contexto da investigação 5.3. Os Participantes
5.4. Relação dos participantes com a
escolaridade
5.5.1. A construção de um esquadro de
grandes dimensões 5.5.3. Uma fracção de terreno ou de um mosaico… 5.5.4. Do desenho à realidade! 5.5.5. O lago circular sem Pi! 5.5.6. A inclinação do telhado 5.5.7. Quantos degraus colocam na escada? 5.5.8. Quantos tijolos vão precisar….
5.5.9. Uma carga de areia do rio quantos
metros cúbicos traz? CAPITULO VI- CONCLUSÕES 6.CONCLUSÕES 6.1. Considerações finais 6.2. Limitações do estudo e Sugestões para futuras investigações 7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8.ANEXOS
8.1. Anexo 1 – Guião das Entrevistas 8.3. Anexo 3 – Glossário de termos técnicos
8.4. Anexo 3 – Desenhos representativos
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