Ciências da Educação

Dissertações de Mestrado

Resumo

Na sociedade dos nossos dias a questão da (in) disciplina em contexto escolar é um problema que preocupa professores, pais e comunidade em geral. Em pleno século XXI, era da informação e do desenvolvimento, poderíamos supor que este tipo de problemáticas estaria ultrapassado ou resolvido fruto da evolução da técnica, da criação da riqueza, da mudança de mentalidades, da globalização potenciada pela fácil difusão da informação e comunicação. Porém, a massificação do ensino, o alargamento da escolaridade obrigatória, o aumento do insucesso escolar e uma maior incerteza quanto ao futuro escolar e profissional levam a que os alunos, questionem a utilidade e o valor da escola e do saber escolar . É imprescindível que a escola defina práticas e estratégias cognitivo motivacionais, capazes de compreender situações ditas de indisciplina . Neste sentido, o trabalho agora apresentado surgiu da inquietação, da ânsia de compreender todo o fenómeno que envolve a (in) disciplina em contexto escolar e qual a sua influência no clima de escola. Foi nesta perspectiva que planeámos o nosso trabalho de campo, situámo-nos numa abordagem qualitativa/interpretativa e seguimos o método do estudo de caso, numa escola do primeiro ciclo do ensino básico da região centro do país, situada em ambiente semi-rural, (EB1 D. Teresa). Recorremos principalmente a entrevistas semi-directivas e questionários realizados aos principais actores da comunidade educativa a fim de observar quais as suas concepções acerca deste fenómeno. Da análise dos dados resultaram dados sobre conteúdos temáticos que permitiram apontar que os intervenientes no processo educativo dão ênfase à problemática estudada. Os entrevistados caracterizam as relações que se estabelecem na escola como satisfatórias. No entanto, essas relações parecem estar condicionadas por uma série de factores, tanto internos como externos à escola. Na diversidade de situações e nuances presentes na relação pedagógica percebe-se que os docentes buscam soluções, preferencialmente através do diálogo, recorrendo ao estabelecimento de regras e à exigência do seu cumprimento. Quando procuram soluções externas fazem-no em último recurso, contam prioritariamente com os seus próprios meios .Os alunos consideram que a indisciplina que ocorre na sala de aula e na própria escola se deve principalmente ao não cumprimento das regras estabelecidas. Na opinião dos actores educativos a indisciplina é atribuída a vários factores (desde os de ordem pessoal e familiar, até aos que se prendem com o professor, com a escola ou até com o próprio sistema educativo) e consideram que esta ora é produzida no interior da escola, ora é gerada no seu exterior, pelo convívio familiar e social, mas é sempre representada pelos seus agentes no espaço escolar.

 

Palavras chave: Teoria e desenvolvimento curricular, Indisciplina escolar, Clima de escola, Relações interpessoais, Estudo de caso, Teses de mestrado

 

Índice

INTRODUÇÃO

PARTE I: ENQUADRAMENTO TEÓRICO

CAPÍTULO I: AUTONOMIA E CONVIVÊNCIA NA COMUNIDADE EDUCATIVA

1.1 – AUTONOMIA E AGRUPAMENTO DE ESCOLA: ENQUADRAMENTO LEGAL

1.1.1 - INSTRUMENTOS CENTRAIS DA CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA NA ESCOLA

A – Órgãos de Administração e Gestão
B – O Projecto Educativo
C – O Regulamento Interno
D – O Plano Anual de Actividades

1.2 – O CLIMA DE ESCOLA E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO EDUCATIVO

1.2.1 – CLIMA DE ESCOLA: CONCEITO E DIMENSÕES
1.2.2 – A RELAÇÃO EDUCATIVA NO CONTEXTO DE UM CLIMA DE ESCOLA

1.2.3 – CLIMA DE ESCOLA: DIMENSÃO RELACIONAL

A) - Relação professor/órgão de gestão
B) Relação entre professores
C) Relação professor/aluno
D) Relação ente alunos
E) Relação professor/auxiliar de acção educativa
F) Relação aluno/auxiliar de acção educativa
G) Relação escola/família
H) Relação escola/comunidade

CAPÍTULO II – (IN) DISCIPLINA

2.1. - INDISCIPLINA (S) NA ESCOLA - ALGUNS SINAIS E SIGNIFICADOS

2.1.1 - DEFINIÇÃO DE CONCEITOS
2.1.2 – NÍVEIS DE INDISCIPLINA
2.1.3 - FACTORES OU CAUSAS DA INDISCIPLINA

2.2. – A CONSTRUÇÃO PRÓ-ACTIVA DA DISCIPLINA NA AULA

2.2.1 - AS REGRAS EM CONTEXTO EDUCATIVO
2.2.2 – CONTROLO DISCIPLINAR
2.2.3 - CORRECÇÃO DA INDISCIPLINA
2.2.4. – PUNIÇÃO

2.3. – CONSTRUIR A DISCIPLINA PREVENINDO A INDISCIPLINA

2.3.1 - ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA INDISCIPLINA
2.3.2 - A EFICÁCIA ESCOLAR

PARTE II: ESTUDO EMPÍRICO

CAPÍTULO III: METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS

3.1.1 – PROBLEMÁTICA DO ESTUDO

3.1.2 – OBJECTIVOS DO ESTUDO

3.1.3 – PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS
3.1.4 – SELECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTUDO

A – Caracterização da escola e do meio
B – Caracterização do corpo docente e discente

3.1.5– TÉCNICAS DE RECOLHA DE DADOS E INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO

A – Observação ocasional/notas de campo
B – Análise documental
C – Entrevistas semi-estruturadas/semi-directivas
D – O questionário

3.1.6– ANÁLISE DOS DADOS

A – Análise de Conteúdo das entrevistas

B – Análise Estatística do questionário aos alunos

CAPÍTULO IV: A ESCOLA EB1 D. TERESA

4.1 - REPRESENTAÇÕES ACERCA DO CLIMA DE ESCOLA

4.1.1 – CLIMA DE ESCOLA
Clima de escola: conclusões

4.2 – AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

4.2.1 - RELAÇÃO PROFESSOR/ÓRGÃOS DE GESTÃO
4.2.2 - RELAÇÃO ENTRE PROFESSORES
4.2.3– RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO
4.2.4 - RELAÇÃO ENTRE ALUNOS
4.2.5 - RELAÇÃO PROFESSOR/ AUXILIAR DA ACÇÃO EDUCATIVA
4.2.6 - RELAÇÃO ALUNOS/AUXILIAR DE ACÇÃO EDUCATIVA
4.2.7 - RELAÇÃO ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO /AUXILIARES DE ACÇÃO EDUCATIVA

4.2.8 - RELAÇÕES ÓRGÃOS DE GESTÃO/ASSOCIAÇÃO DE PAIS

Relações interpessoais: conclusões

4.3 - AMBIENTE DISCIPLINAR

4.3.1 - NORMAS E REGRAS NA SALA DE AULA

4.3.2 - NORMAS E REGRAS EXTERIORES À SALA DE AULA

4.3.3 - ESTRATÉGIAS DE CONCERTAÇÃO DAS NORMAS DE CONVIVÊNCIA NA ESCOLA

4.3.4 - COMPORTAMENTOS E SITUAÇÕES DE INDISCIPLINA

4.3.5 - ACÇÃO DISCIPLINAR PREVENTIVA NA AULA

4.3.6 - ACÇÃO DISCIPLINAR PREVENTIVA AO NÍVEL DA ESCOLA

4.3.7 - ACÇÃO DISCIPLINAR CARACTERIZÁVEL COMO DE CONTROLO SEM PUNIÇÃO

4.3.8 - ACÇÃO DISCIPLINAR PUNITIVA AO NÍVEL DE AULA E (OU) DA ESCOLA

4.3.9 – CAUSAS DA INDISCIPLINA NA ESCOLA

4.3.10- AMBIENTE DISCIPLINAR NOS ÚLTIMOS ANOS

4.3.11 - LOCAIS DE MAIOR INCIDÊNCIA DE INDISCIPLINA

Ambiente disciplinar: conclusões

4.4- RELAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA

4.4.1 - INICIATIVAS DA FAMÍLIA: MEIOS DE PARTICIPAÇÃO

4.4.2 - INICIATIVAS DA FAMÍLIA: RAZÕES DA PARTICIPAÇÃO OU NÃO NA VIDA ESCOLAR

4.4.3 - EFEITOS DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA VIDA ESCOLAR

4.4.4 - TRAÇOS CARACTERÍSTICOS DOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

4.4.5 - INICIATIVAS DA ESCOLA: MEIOS E FORMAS DE CONTACTO COM AS FAMÍLIAS

4.4.6 - FUNÇÕES DO PROFESSOR DECORRENTES DO CONTACTO COM AS FAMÍLIAS

Relação escola/família: conclusões

4.5 - ANÁLISE ESTATÍSTICA DO QUESTIONÁRIO

4.5.1 - ANÁLISE ESTATÍSTICA I

4.5.1.1- Gostar de andar na escola

4.5.1.2 - Gostar do professor(a)
4.5.1.3 - Ter algum professor de quem não goste
4.5.1.4 - Ter algum colega na sala de quem se não gosta
4.5.1.5– Achar que há indisciplina na sala de aula
4.5.1.6 – Onde há indisciplina
4.5.1.7– Mudar de escola
4.5.1.8 – O que mais gosta na escola
4.5.1.9 – O que mudar na escola

4.5.1.10 – Sentir-se feliz em ir para a escola de manhã

4.5.1.11 – Como vê o seu comportamento na escola
4.5.1.12 – Como vê o seu aproveitamento na escola
4.5.1.13– Acha que vai passar de ano

4.5.2 - ANÁLISE ESTATÍSTICA II

4.5.2.1 – “Percepção da indisciplina na sala de aula"
4.5.2.2– “Percepção da indisciplina na sala de aula” vs ambiente familiar
4.5.2.3– “Percepção da indisciplina na sala de aula” vs ambiente escolar

4.5.2.4 – “Percepção da indisciplina na sala de aula” vs comportamento

4.5.2.5 – “Percepção da indisciplina na sala de aula” vs aproveitamento
4.5.2.6– “Percepção da indisciplina na sala de aula” vs relações afectivas

Questionário: Conclusões

CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS

 

Trabalho completo