Aeritalia G91T/3

O projecto do G91 nasceu de um concurso lançado pela NATO em 1954 para o desenvolvimento de uma aeronave que passasse a equipar as forças aéreas dos Estados-membros, concurso esse que foi ganho pela italiana Fiat. Um contratempo inicial que originou a perda do primeiro protótipo no seu voo inaugural devido a problemas no estabilizador vertical, levou a que o objectivo inicial nunca se viesse a concretizar. Apesar disso, esta aeronave foi largamente produzida, tendo equipado não apenas a Força Aérea Italiana mas também a alemã Luftwaff a partir de 1958.

As variantes G-91T foram projectadas já no final da década de 50 para permitir o treino avançado e de armas à velocidade do som. Os principais utilizadores deste avião foram Portugal e a Alemanha que receberam 66 unidades deste modelo, sendo o G-91T/3 especificamente para a Força Aérea da República Federal da Alemanha. A diferença entre o G-91T/3 e o G-91T/1 era a inclusão do sistema electrónico do Starfighter da Lockheed, permitindo o treino de voo neste avião difícil.

À semelhança de outras versões do G-91, o G-91T/3 estava equipado com um turborreactor Bristol Siddeley Orpheus 803 da Fiat, com 2268 kg de potência, conseguindo uma velocidade máxima de 1030 km/h aos 1.520 m, um tecto de serviço de 12.200 m e um raio de acção de 320 km. O seu peso vazio é de 3.865 kg e máximo à descolagem de 6.050 kg. Tem uma envergadura de 8,56 m, um comprimento de 11,67 m e uma superfície alar de 16,42 m².

Quanto ao armamento, está equipado com duas metralhadoras de 12,7 mm, dois suportes subalares para bombas ligeiras, mísseis ou depósitos de combustível suplementar.