Ramsés II
Ramsés II foi o terceiro faraó da XIX
dinastia, uma das dinastias do chamado Império Novo, tendo reinado no
Egipto durante mais de seis décadas, entre os anos 1279 a.C. e 1213 a.C.
Tomou o poder com apenas 16 anos quando o seu pai, Séti I, morreu,
apesar de não ser o primogénito do defunto faraó. O novo soberano
residia em Tebas nos meses de Inverno e no resto do ano vivia no leste
do delta, onde mandou construir uma cidade a que deu o nome de Pi-Ramsés
("A Casa de Ramsés").
Conhecido como um grande construtor,
mandou reconstruir e embelezar diversos templos egípcios, entre os quais
o de Amon, em Luxor, e Carnaque. Para si mandou construir um imponente
templo funerário na necrópole de
Tebas (o Ramesseum). Na Baixa
Núbia
empreendeu a construção do famoso templo de Abu-Simbel, dedicado a si
próprio e a Amon-Ré, Ptah e Ré-Horakhti.
Do ponto de vista político e militar,
dando continuidade à política de seu pai, Ramsés II retomou as
expedições egípcias na Ásia, após ter conduzido campanhas de pacificação
na Núbia e na Líbia. Na Síria, pelo contrário, a situação deteriorava-se
com o avanço do rei hitita, Muwatallu, pelo sul até Kadesh, importante
cidade localizada perto do rio Oronte. No quinto ano do seu reinado,
chefiando um poderoso exército, Ramsés II entra na Síria para disputar o
país aos Hititas e à coligação de povos aliados da região. É nessa
incursão que acontece a famosa batalha de Kadesh, por várias vezes
narrada nos templos de Ramsés II. Ao longo da década seguinte, Ramsés II
fez novas incursões na Síria, reconquistando a maior parte do país aos
Hititas.
Após a morte do rei hitita, Muwatallu, a
situação geo-política alterou-se radicalmente: perante a ameaça da nova
potência Assíria, que depois de se ter apoderado da maior parte do
Mitanni (localizado na actual região do Curdistão), se tinha instalado
junto ao Eufrates, a partir de onde ameaçava os interesses hititas e
egípcios, Hattusil III, o novo rei dos Hititas e Ramsés II assinam um
tratado de paz. Segundo este tratado, os dois impérios comprometem-se a
ajudar-se em caso de agressão externa e dividem entre si as duas zonas
de influência disputadas: a Palestina fica sob domínio egípcio e a Síria
para os Hititas. Passados 13 anos após a assinatura deste acordo, Ramsés
casa com a filha do rei hitita que vem pessoalmente ao Egipto.
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