As aves
(do Latim “avis”) são um grupo de animais vertebrados, ovíparos e
com a capacidade de voar. Geralmente caracterizadas por possuírem penas
e bico.
Representam uma classe taxonómica da
qual fazem parte 26 ordens. Uma dessas ordens é a dos Passeriformes, as
aves normalmente designadas por pássaros, que é a ordem com mais
espécies identificadas (actualmente, mais de 5000 espécies). Ao todo
estão já identificadas mais de 9000 espécies de aves.
Evoluíram a partir da linhagem de
répteis Archosauria, cujas espécies da ordem Crocodilia são os únicos
representantes actuais. A primeira ave conhecida foi a Archaeopteryx,
que existiu durante o Jurássico, à cerca de 150-145 Ma.
Ocupam praticamente todos os habitats
existentes, no entanto, mantêm um elevado grau de uniformidade anatómica
(cabeça, pescoço geralmente longo, tronco esguio, membros anteriores, ou
asas, especializados para o voo e os posteriores geralmente munidos de 4
dedos, e cauda geralmente curta). Além do voo, conseguem ainda
deslocar-se de outras formas como
correr, saltar, nadar e trepar.
Têm o corpo coberto por penas. As penas
permitem à ave manter-se quente (termorregulação), seca
(impermeabilidade) e são ainda estruturas fundamentais no voo.
Possuem maxilas sem dentes, mas com uma
estrutura designada por bico, que assume diferentes formas consoante o
tipo de alimentação da espécie.
Possuem uma excelente visão que se deve
aos seus olhos grandes e esféricos sendo, no entanto, praticamente
imóveis. Para contornarem esta limitação conseguem girar a cabeça até
270º para ambos os lados. Contrariamente aos mamíferos que possuem 7
vértebras no pescoço, as aves possuem o dobro ou mais, consoante a
espécie, isto permite-lhes ter um pescoço extremamente flexível.
Os sexos
são separados (fêmeas e machos cada um com o seu sistema reprodutor
próprio) e, na maioria dos casos, existe dimorfismo sexual ao nível da
plumagem e do tamanho corporal. A fertilização ocorre internamente e
resulta na formação de um ovo amniótico, que é incubado externamente até
ao momento da eclosão.
As aves realizam frequentemente
migrações sazonais. Estas dependem das condições ambientais que permitem
ou não a permanência e reprodução
da ave num determinado local. A migração é um processo extremamente
dispendioso a nível energético e, por isso, antes da migração, as aves
armazenam grandes quantidades de gordura necessária à longa viagem que
irão realizar. Algumas migrações são particularmente longas, como o caso
das andorinhas que percorrem milhares de quilómetros (da Europa
Ocidental à África do sul).
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