Apresentação e Caracterização da Serra
d'Aire
A serra de Aire a noroeste do distrito de
Santarém, abrangendo parte dos concelhos de Ourém, Torres Novas, Porto
de Mós e Alcanena, pertence à orla sedimentar da Estremadura no Maciço
Calcário Mesozóico e constitui uma fronteira natural entre o Ribatejo e
a Beira Litoral. O seu ponto mais alto está a 679 metros de altitude e
mede cerca de 30 km de comprimento.
A predominância de rochas calcárias
permitiu a formação de uma intricada rede de águas subterrâneas cuja erosão originou
numerosas grutas de espectacular beleza, entre as quais as Grutas de
Mira d'Aire, Santo António, Alvados e Moeda. À superfície, a erosão
cársica originou formações de rara beleza, nomeadamente poldjes, campos
de lapiás, lapas e algares, uvalas e dolinas numa extraordinária
profusão de formas.
Apesar da rudeza do solo na maior parte do
maciço, são de referir a presença de pequenas manchas de carvalho
cerquinho ou a azinheira e a existência de diversas plantas autóctones
nomeadamente numerosas plantas aromáticas, medicinais e melíferas
repartidas por algumas dezenas de espécies. A oliveira, fruto do esforço
humano de domínio sobre a natureza, domina a vegetação não espontânea. A
fauna inclui numerosas aves, nomeadamente a Gralha-de-bico-vermelho, com
hábitos de nidificação cavernícola. As numerosas cavidades subterrâneas
favorecem também as existências de cerca de uma dezena de espécies de
morcegos.
A riqueza geológica e natural da serra
d'Aire fizeram com que a 4 de Maio de 1979, através do Decreto-Lei Nº
118/79, fosse criado o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.
Ver Serras de
Portugal
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