Conceito de Restauro Ecológico
Restauro ecológico é o
processo no qual se tenta ajudar um ecossistema degradado ou destruído a
adquirir novamente as caraterísticas que possuía inicialmente. Trata-se
de um conceito prático auxiliado pelo conceito teórico denominado de
ecologia do restauro. Este processo é iniciado pelo Homem, na tentativa
de obter o ecossistema como era inicialmente seja por razões ambientais,
afetivas ou simplesmente razões culturais. Seja qual for a razão que
leva à restauração do ecossistema é essencial que esta restauração tenha
por base os mecanismos de sucessão ecológica.
Em Ecologia do
Restauro são estudados e determinados os conceitos essenciais para a
criação de teorias, que servirão de guia na realização prática de uma
restauração ecológica. A restauração ecológica é a parte pratica, surge
após o estudo do ecossistema que se quer restaurar. O restauro pode
também contribuir para a obtenção de novos conhecimentos no âmbito da
Ecologia do Restauro.
O principal objetivo
de um restauro ecológico não é apenas devolver o aspeto inicial ao
ecossistemas, mas ajudar o ecossistema a estruturar-se de forma a poder
assumir as funções, os serviços, a diversidade e as dinâmicas, que tinha
antes de ter ocorrido a perturbação, de forma mais rápida, sendo este
capaz de se autossustentar a partir do momento em que atinge a
estabilidade.
Etapas do restauro
ecológico
· Avaliação do local
· Definição dos objetivos a alcançar com o
restauro
· Planeamento (seleção dos métodos a
utilizar, seleção das espécies a introduzir, determinação da
disponibilidade/qualidade do solo entre outras informações necessárias à
implementação)
· Implementação do projeto
· Monitorização e gestão (por vezes é
necessário implementar o projeto em várias etapa, o que leva há
necessidade de um plano de gestão)
Nem sempre a
realização do restauro é possível, principalmente se o ambiente se
encontrar demasiado degradado. Por esse motivo, pode ser considerado
apenas o restauro de uma parte da área degradada, através da
reintrodução de espécies.
A reabilitação da área
degradada também é uma opção, consistindo na reintrodução das espécies
de maior importância para a realização das principais funções do
ecossistema degradado, deixando para mais tarde a introdução das outras
espécies.
Outra das opções
possíveis consiste na substituição do ecossistema que se encontrava
anteriormente no local, introduzindo novas espécies que em nada têm a
ver com aquelas que existiam antes, favorecendo assim a criação de um
novo ecossistema que possuirá
características
diferentes do primeiro. No entanto, as espécies que forem introduzidas
terão que ser adequadas às condições do ambiente presente no local.
Por fim, pode não ser
feito nada no
local, deixando que a
natureza siga o seu rumo. A natureza acabará por se regenerar, no
entanto, este processo é muito mais lento do que qualquer um dos
anteriores e pode culminar num ecossistema que nada tem a ver com o
inicial.
Quando se realiza um
restauro ecológico não é
possível prever o resultado final, apenas são feitas previsões tendo em
conta as condições do local, as caraterísticas
das espécies reintroduzidas, não se trata de um processo rápido, no
entanto, é um processo mais rápido do que aquele que aconteceria se a
natureza fosse deixada sozinha.
A estratégia a
utilizar vai variar consoante o estado do ecossistema, assim como a
escala em que o trabalho é realizado, além do custo financeiro que pode
acarretar. O restauro pode ser utilizado, por exemplo, para recuperar
cursos de água contaminados, florestas ardidas, áreas desflorestadas ou
ainda áreas cujo solo foi contaminado. Também é possível reparar áreas
húmidas que tenham sido drenadas, como pântanos, assim como muitos
outros problemas que possam surgir num
ecossistema.
A seleção das espécies é de extrema importância, pois se as espécies
escolhidas não forem as mais adequadas pode prejudicar o sucesso do
processo de restauro.
A restauração
ecológica não é um objetivo,
mas apenas mais
um método de luta contra a perda de biodiversidade.
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