Ciências da Terra e da Vida

Biologia

Reação em Cadeia da Polimerase

Autor: Mariana Carlos

Mestre em Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar

Data de criação: 22/04/2015

Resumo: Apresentação do conceito de Reação em Cadeia da Polimerase...

A Reação em Cadeia da Polimerase (PCR – Polimerase Chain Reaction), desenvolvida em 1984 por Kary Mullis, é uma técnica científica (...)

Palavras chave:  biologia

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Conceito de Reação em Cadeia da Polimerase

A Reação em Cadeia da Polimerase (PCR – Polimerase Chain Reaction), desenvolvida em 1984 por Kary Mullis, é uma técnica científica molecular simples, que se baseia na amplificação rápida de sequências específicas de determinado ADN, sendo por isso bastante utilizada por exemplo na deteção de microrganismos em amostras de alimentos.

Este método de deteção baseia-se numa reação enzimática, onde ciclos após ciclos, e em combinação com temperaturas específicas, é permitido fazer cópias do ADN alvo de modo a que este seja detetado posteriormente.

O procedimento é o seguinte:

1) A amostra a analisar é misturada com os reagentes necessários para ocorrer a reação: enzima Taq DNA polimerase, os quatro nucleótidos constituintes do ADN (adenina, citosina, guanina e timina), os dois primers de iniciação e magnésio (cofator essencial para o funcionamento da Taq DNA polimerase);

2) A mistura é aquecida a altas temperaturas (94°C) de forma a separar a dupla cadeia do ADN alvo – Fase de desnaturação (Desnaturation);

3) A mistura é arrefecida até 40-55°C (é chamada de temperatura de annealing que depende dos primers) – Fase de emparelhamento dos primers. É nesta fase que os primers se ligam á sequencia complementar e a cadeias opostas no ADN alvo;

4) A temperatura da reação é elevada (72°C) para que ocorra a polimerização das novas cadeias complementares ao ADN alvo. Após os primers se ligarem, na etapa anterior, a Taq DNA polimerase estende as sequências iniciadoras ligando os nucleótidos entre si, completando assim as cadeias simples tornando-as duplas – Fase de extensão (Extension);

Estas etapas são repetidas inúmeras vezes (30 a 40) de forma a ser obtida uma amplificação exponencial do ADN alvo capaz de ser detetada posteriormente através por exemplo da técnica de eletroforese em gel de agarose.

 

 

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