Ciências da Terra e da Vida

Biologia

RACE-PCR

Autor: Margarida Silva
Mestre em Biologia Celular e Molecular

Data de criação: 22/05/2015

Resumo: Apresentação do conceito de RACE-PCR...
RACE-PCR significa “Rapid Amplification of Complementary DNA Ends), ou seja, permite a amplificação de sequências de (...)

Palavras chave:  biologia

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Conceito de RACE-PCR

RACE-PCR significa “Rapid Amplification of Complementary DNA Ends), ou seja, permite a amplificação de sequências de DNA complementar (cDNA) entre uma região interior conhecida e a extremidade 5’ ou 3’. Tradicionalmente, a reação de PCR envolve a utilização de dois primers específicos, que correspondem às extremidades da sequência que se pretende amplificar. No entanto, nem todas as sequências que se pretendem estudar são completamente conhecidas. Mas o RNA mensageiro (mRNA) possui uma região bastante conservada e conhecida: a cauda poly(A). Surge portanto desta característica o RACE-PCR. Este é utilizado para a amplificação de mRNAs raros. Os produtos resultantes do 3’ RACE e do 5’ RACE podem ser combinados para produzir cDNAs completos.

3’ RACE

Esta técnica envolve a síntese de cDNA a partir de uma amostra de mRNA, utilizando a transcriptase reversa e o primer complementar da cauda poly(A). Durante esta fase é também adicionada uma sequência adaptadora à extremidade 5’ de cada cDNA. A cadeia de RNA é depois destruída por uma RNase, específica para cadeias RNA-DNA. O cDNA é amplificado recorrendo-se a um primer específico do gene de interesse que é complementar de uma região conhecida do cDNA e um primer que irá emparelhar com a sequência adaptadora. São amplificados diversos produtos, dependendo da especificidade do primer específico do gene.

5’ RACE

Este tipo de RACE utiliza um primer que emparelha com uma região conhecida do mRNA e depois a transcriptase reversa sintetiza um cDNA complementar à porção 5’ dessa cadeia de RNA. Para a reação de PCR é necessário criar um local de emparelhamento para um primer, que corresponde à síntese de uma cauda homopolimérica na extremidade 3’ do cDNA pela enzima terminal deoxynucleotidyl transferase. Depois é amplificado o cDNA, utilizando-se um primer específico para o gene alvo (liga-se à região conhecida do cDNA) e um primer universal (emparelha com a cauda homopolimérica).

 

 

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