Conceito de Monitorização
Monitorização
é um dos processos mais importantes em Ecologia e na gestão e
conservação da natureza, trata-se de uma vigilância, ao longo do tempo,
de forma regular através da medição de parâmetros padrão dos
ecossistemas. A monitorização não ocorre sempre da mesma maneira nem no
mesmo período de tempo, isto é, alguns processos de monitorização podem
durar apenas alguns meses enquanto outros podem durar muitos anos.
A
monitorização
pode ser feita por amostragem, por observação, por mapeamentos e
inventariação, entre outras técnicas, havendo sempre recolha de dados de
forma a ser possível comparar com observações anteriores. O método
selecionado deve ser o mais adequado à espécie ou ecossistema em estudo.
Os processos de
monitorização têm como objetivo obter informação sobre o comportamento
do objeto em estudo, assim
como verificar
se as medidas (muitas vezes legislativas ou politicas) implementadas
estão a ter o efeito desejado sobre o objeto de estudo (em caso de
monitorização com o objetivo de verificar a implementação de medidas de
conservação).
Este
instrumento
permite: determinar a veracidade de hipóteses formuladas, determinar a
eficácias das medidas implementadas e a obtenção de dados que provem a
inexistência de alterações na comunidade ou caso essas alterações
existam de que forma surgiram.
Tipos de monitorização:
·
Monitorização de
vigilância
Este tipo de
monitorização não está relacionado com a formulação de hipóteses, sendo
por isso pouco direcionado e mais abrangentes. Neste tipo
de amostragens
pode haver participação da comunidade, por esse motivo é mais barata.
·
Monitorização de
hipóteses
Este tipo de
monitorização é
dirigida para a validação de uma hipótese, sendo mais direcionada e
específica. A sua implementação requer especialistas, o que a torna mais
dispendiosa.
A realização de planos
de monitorização rege-se pela existência de um conjunto de indicadores
que são selecionados tendo em conta o objetivo para o qual o plano foi
criado. Estes indicadores consistem em modelos, conceitos ou outros
elementos
que forneçam informação sobre o ecossistema e os seus constituintes.
Os indicadores deveram
ser
selecionados consoante o objeto de estudo, no entanto, qualquer
indicador deve ser sensível, fácil de utilizar, não devendo ser
influenciado por fatores externos aos definidos pelo plano de
monitorização. A partir de um processo de monitorização podem resultar
diversos relatórios com a análise dos dados obtidos, mapeamento do
espaço monitorizado e a identificação de habitats e espécies.
A implementação de um
programa de monitorização é bastante dispendioso sendo por esse motivo
necessário avaliar se a sua implementação é mesmo necessária. Após a
determinação da necessidade de um plano de monitorização, este plano é
estruturado e deve conter os objetivos gerais, assim como os objetivos
principais, além das estratégias específicas para a concretização do
projeto. No projeto deve também constar a lista do que vai ser
monitorizado assim como
a extensão de
tempo, na qual vai decorrer. Deve também constar os locais de
amostragem, assim como os métodos que deverão ser utilizados. A análise
dos dados obtidos é feita através da utilização de softwares
específicos para tratamento de dados.
A monitorização
ambiental é
bastante frequente uma vez que faz parte das condições aceites pelos
países ao assinarem tratados e convenções, como a convenção para a
biodiversidade assinada por Portugal. Este instrumento é essencial na
proteção, gestão e conservação sustentável do ambiente.
Referências
Bibliográficas:
Magnunsson,
William, Braga-Neto, Ricardo (2013). Biodiversidade e monitoramento
ambiental integrado. Consultado em: Maio 11, 2015, em
http://ppbio.inpa.gov.br/ sites/default/files/ Biodiversidade%20e%20
monitoramento%20 ambiental%20 integrado.pdf
(2015).
Monitorização ambiental. Lipor Consultado em: Maio 11, 2015, em
http://www.sdum.uminho.pt/ Default.aspx?tabid= 4&pageid=313&lang=pt-PT
Barreira,
Joana Morais (2012). Perspetivas de integração de protocolos de
amostragem para monitorização de habitats florestais ripários no âmbito
da implementação de duas Diretivas Comunitárias (Diretiva Habitats e
Diretiva Quadro da Água). Dissertação de mestrado, Universidade do
Porto, Porto, Portugal
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