Conceito de Mistura Racémica
Uma
mistura racémica ou forma racémica é a designação atribuída a uma
mistura equimolecular de dois enantiómeros. Os enantiómeros são
moléculas que apesar de apresentarem a mesma fórmula molecular, as suas
estruturas não se sobrepõem. Estas moléculas são imagens no espelho uma
da outra. Os enantiómeros
apresentam
as mesmas propriedades, tais como ponto de ebulição e solubilidade,
ponto de fusão, entre outras. No entanto, diferem na direção do desvio
da luz polarizada, mesmo tendo as mesmas propriedades físicas e
químicas. Apesar de os enantiómeros individuais apresentarem atividade
ótica, isto é, capacidade de desviar o plano da luz polarizada, a
mistura racémica é oticamente inativa. Outra diferença que os
enantiómeros apresentam, e das mais importantes quando utilizados em
humanos, é o impacto nos sistemas biológicos. A talidomida, que foi um
fármaco comercializado na década de 50 como sedativo, é constituído por
uma mistura racémica. No entanto, um dos enantiómeros apresentava
efeitos teratogénicos. As consequências nefastas da utilização desta
mistura racémica contribuiu para elucidar a importância do estudo
das misturas racémicas para aplicação em farmacologia.
Para a resolução da mistura racémica, isto é, para separar os
enantiómeros são aplicadas algumas metodologias, como por exemplo uma
reação com um reagente oticamente ativo, o que gera dois
diastereisómeros. Estas duas moléculas,
ao apresentarem propriedades diferentes (por exemplo, solubilidade)
podem ser separados por técnicas de cristalização.
Outros métodos existem, nomeadamente, métodos
cromatográficos.
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