Trata-se de uma técnica utilizada em química analítica que se baseia na
separação de compostos alvo de uma determinada mistura. A existência de
duas fases (estacionária e móvel) permite esta separação uma vez que uma
maior afinidade de um composto à fase estacionária permite que a sua
eluição pela fase móvel seja mais lenta.
Esta técnica cromatográfica é utilizada em vários campos, sendo disso
exemplo, a indústria farmacêutica, no controlo alimentar e de bebidas,
no controlo ambiental, análises clínicas, investigação, etc.
Componentes do HPLC:
Reservatório da fase móvel: onde se colocam os solventes que vão
servir como fase móvel no sistema;
Bomba: gera um fluxo consistente da fase móvel através do sistema
HPLC. A alta precisão e reprodutibilidade do fluxo gerado deve-se à
presença de dois pistões que executam dois tipos de movimento: um que
permite a entrada da fase móvel no sistema e outro que retira o solvente
da bomba para os outros componentes do sistema.
Injetor: introduz automaticamente a amostra no fluxo da fase
móvel.
Coluna tem a função de fase estacionária e permite a separação
do(s) composto(s) a analisar, mediante a sua afinidade à fase
estacionária.
Forno da coluna: garante que a temperatura se mantenha constante
durante a separação do(s) composto(s) quando atravessam a coluna,
permitindo uma maior reprodutibilidade da análise.
Detetor: permite a identificação e quantificação dos compostos a
analisar, por meio de um sinal elétrico que é proporcional à presença e
concentração do(s) composto(s) na amostra.
Sistema de tratamento de dados: Transforma o sinal eléctrico do
detector em picos, que em correspondem ao(s) componente(s) da amostra.
Estes picos são integrados pelo sistema e permitem obter áreas, que,
por sua vez, pode ser correlacionadas com a concentração dos compostos.
O conjunto destes picos tem a designação de cromatograma.
Fase Reversa: A fase estacionária contém sílica modificada que
lhe confere uma natureza apolar, envolvendo a adição de grupos
funcionais apolares como por exemplo, cadeias carbonadas de 8 e 18
carbonos (C8 e C18, respetivamente). Neste tipo de sistemas, utiliza-se
solventes polares como fase móvel, por exemplo, água e metanol.
Fase Normal: A coluna apresenta sílica, o que confere uma
natureza polar fase estacionária. Por isso, a fase móvel é composto com
por solventes de baixa polaridade, como por exemplo, n-hexano,
heptano ou iso-octano.
Troca Iónica: a fase estacionária possui grupos iónicos, como por
exemplo, grupos sulfónicos (SO3-) ou amónio (NH3+)
que podem ser trocados por catiões ou de aniões da amostra.
Exclusão Iónica: permite a separação de compostos iónicos de
compostos neutros, como por exemplo, misturas de ácidos e bases. A
separação baseia-se no tamanho molecular, forma e carga. Se um ácido
estiver dissociado, o catião e anião não são captados pela fase
estacionária. Por outro lado, ácido alvo no seu estado neutro é retido
na fase estacionária.
Interação Hidrofílica: a fase estacionária e analito são
geralmente compostos orgânicos neutros ou com carga e são geralmente
usados como fase móvel solventes utilizados em fase reversa.
Exclusão Molecular: Sílicas ou polímeros orgânicos são utilizados
como fase estacionária para separar moléculas de diferentes dimensões. O
tamanho dos poros utilizados na fase estacionária é adequado ao composto
alvo, impedindo que moléculas de maior tamanho sejam eficazmente
captadas.
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