Conceito de Glucagon
O glucagon
pancreático, em que o seu gene está localizado no cromossoma 2
humano, é um polipéptido de cadeia singular com 29
aminoácidos (3.485 kDa). É sintetizado nas células A dos
ilhéus de Langerhans e deriva de um precursor de 160
aminoácidos que é 5 a 6 vezes maior do que o glucagon. Dentro
desta molécula, denominada de proglucagon, existem outros
péptidos ligados em série: péptido relacionado com a glicentina,
glucagon, péptido 1 semelhante ao glucagon (GLP-1,
do inglês “glucagon-like peptide 1”), péptido 2 semelhante ao
glucagon (GLP-2). A junção do péptido relacionado com a
glicentina com o glucagon forma uma hormona,
denominada de glicentina, de 69 aminoácidos que é
predominantemente secretada pelo intestino. Tanto as
concentrações de GLP-1 como de GLP-2 aumentam após as
refeições. Um derivativo endógeno da GLP-1, com os primeiros 6
aminoácidos ausentes (GLP-1 [7-37]), é um estimulador
extremamente potente das células B pancreáticas que potencia a
secreção de insulina induzida pela glucose após as refeições. É
libertado pelas células L do intestino delgado durante as
refeições e é várias vezes mais potente do que o próprio glucagon
como indutor da secreção de insulina. Por outro lado, a GLP-1 e a
GLP-2 não estimulam a secreção de insulina. Em humanos
saudáveis, o nível médio de glucagon plasmático é de 75pg/mL (25
pmol/L). Somente 30-40% deste é que é glucagon pancreático, o
restante pertencem a compostos heterogéneos de alto peso molecular como
o proglucagon, glicentina, GLP-1 e GLP-2. O
tempo de meia vida do glucagon varia entre os 3 e os 6
minutos. O glucagon é maioritariamente removido pelo fígado
e rins.
Secreção do
glucagon
A secreção de
glucagon é inibida pela glucose – contrastando com o
efeito da glucose na secreção de insulina. Ainda
existem informações contraditórias sobre se o efeito da glucose é
diretamente realizado sobre as células A ou se é mediado
através da libertação de insulina ou da somatostatina, uma
vez que ambas são conhecidas por inibirem as células A de uma
forma direta. Também, e uma vez que o ácido gama-aminobutírico (GABA,
do inglês “γ-aminobutyric acid) é libertado pelas células B e os
seus recetores foram detetados nas células A, o GABA pode
participar na inibição das células A durante a estimulação
das células B. Diversos aminoácidos estimulam a
libertação de glucagon. Alguns, como a arginina,
liberta tanto o glucagon como a insulina; outros (como a
alanina) estimulam principalmente a libertação de
glucagon. A leucina, um bom estimulante de
libertação de insulina, não consegue ter o mesmo efeito para
o glugacon. Outras substâncias que promovem a libertação
de glucagon são as catecolaminas, as hormonas
gastrointestinais (colecistoquinina), gastrina,
polipeptídeo inibidor gástrico (GIP) e os
glucocorticoides. Tanto a estimulação simpática como a
parassimpática promovem a libertação de glucagon;
isto é especialmente importante no aumento da resposta das células A
à hipoglicémia. Altos níveis de ácidos gordos estão
associados à supressão da secreção de
glucagon.
Outros assuntos
relacionados:
- Insulina
- Secreção da insulina
- Pâncreas
- Diabetes
- Somatostatina
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