Conceito de Espermatogénese
Espermatogénese
é o processo que dá origem à formação de espermatozoides, ocorre de modo
contínuo desde a puberdade e, em regra, durante toda a vida adulta.
Podem salientar-se quatro fases onde ocorrem variados fenómenos, a fase
da multiplicação, de crescimento, de maturação e de diferenciação. Este
é um processo que ocorre nos túbulos seminíferos com um desenvolvimento
centrípeto, ou seja, da periferia do túbulo para o centro, assim as
células espermatogénicas básicas – espermatogónias – estão
localizadas na periferia da parede dos túbulos e à medida que se
desenvolvem atingem o centro do túbulo, o lúmen. Entre a periferia e o
lúmen estão as células de Sertoli que sustentam as células germinativas
e intervêm na sua nutrição.
Na
primeira
fase deste processo, a fase da multiplicação, as espermatogónias,
células diploides, dividem-se mitoticamente e de cada duas células
formadas uma contínua na fase de multiplicação e outra segue o
desenvolvimento, assegurando assim uma reserva constante de
espermatogónias. Na fase seguinte ocorre um aumento de volume de cada
célula originando o espermatócito I – fase de crescimento.
Na fase de maturação, cada
espermatócito I irá sofrer a primeira divisão meiótica originando duas
células haploides onde cada cromossoma possui dois cromatídeos, os
espermatócitos II, que por sua vez irão experimentar a segunda
divisão
meiótica originando quatro células haploides em que cada cromossoma
agora possui apenas um cromatídeo, estas células designam-se de
espermatídeos.
A fase de diferenciação ou
espermiogénese é aquela em que os espermatídeos por diferenciação se
transformam em células altamente especializadas, espermatozoides,
e quando estes são libertados no lúmen dos túbulos
seminíferos.
Durante este processo de
espermiogénese ocorre um alongamento e achatamento do núcleo com redução
progressiva
do seu tamanho, a condensação de material cromossómico e uma
reorganização do citoplasma. O complexo de Golgi forma o acrossoma que
irá armazenar enzimas digestivas e terá um papel fundamental na
fertilização. Os centríolos no polo oposto do acrossoma originam os
microtúbulos que irão constituir o flagelo e as mitocôndrias
organizam-se em espiral em torno da base do flagelo para fornecer a
energia que irá permitir o movimento do mesmo. O restante citoplasma
afasta-se do núcleo e é derramado ao longo da cauda do espermatozoide em
desenvolvimento, enquanto os corpos residuais são fagocitados pelas
células de Sertoli.
Resulta assim deste processo uma
célula altamente especializada, bem adaptada para se mover, com cerca de
60µm de comprimento, constituídos por uma cabeça (4-5µm) com o núcleo e
o acrossoma, uma peça intermédia, onde
encontramos
centríolos e mitocôndrias, e uma cauda (50µm) com um flagelo altamente
especializado. Até 10% dos espermatozoides maduros formados são
anormais e altamente improváveis de fertilizar um oócito, se esta
percentagem for maior pode originar problemas de fertilidade.
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