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Ciências Sociais e Humanas

Sociologia

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Autor: Equipa knoow.net

Data de criação: 14/03/2008; Revisão: 02/01/2015

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Resumo: Apresentação do conceito de Sociologia...

Palavras chave:  contabilidade, ciências contábeis

 

Conceito de Sociologia

A Sociologia é uma ciência pertencente ao grupo das ciências sociais e humanas que procura explicar as relações entre indivíduos e grupos de indivíduos dentro da comunidade, incluindo o estudo das formas de associação e interação que ocorrem na sociedade. Daqui decorre que a sociologia abrange, o estudo dos grupos sociais, da divisão da sociedade em camadas sociais, da mobilidade social, dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade etc. No seu processo de análise, a sociologia procura identificar padrões e caracteres gerais comuns a todas as classes de fenómenos sociais, observando o que é repetitivo e procurando daí fazer generalizações teóricas. Para isso, os sociólogos fazem uso frequente de técnicas quantitativas como a estatística para desenvolverem modelos teóricos para explicar os fenómenos sociais e a forma como os indivíduos respondem a alterações na sociedade.

 

História da Sociologia

Enquanto disciplina do conhecimento, as origens da sociologia podem ser encontradas no séc. XVIII, tendo surgido como uma forma de resposta ao um dos desafios da modernidade: se o mundo está a ficar cada vez mais integrado, a experiência e percepção das pessoas sobre o mundo está cada vez mais atomizada e dispersa. Nesse sentido, os académicos procuravam não apenas perceber o que unia e mantinha unidos os grupos sociais, mas também desenvolver uma forma de evitar a desintegração social.

Contudo, é no séc. XIX que a sociologia se assume como verdadeira ciência. Primeiro com Auguste Comte que procura unificar as diversas ciências relativas ao Homem, incluindo a história, a psicologia e a economia e depois com Émile Durkheim a quem se deve o reconhecimento académico da sociologia como ciência.

O surgimento da sociologia de Comte (a quem é dado o crédito da utilização da palavra sociologia pela primeira vez no seu curso de Filosofia Positiva, em 1839) está muito ligada às profundas transformações económicas, políticas e culturais ocorridas a partir da segunda metade do séc. XVIII com destaque para a Revolução Industrial e para a Revolução Francesa. Estes dois eventos e tudo o se lhe seguiu originou alterações significativas na vida das pessoas em sociedade e um verdadeiro rompimento com as formas de relacionamento passadas, baseadas sobretudo nas tradições. A sociologia surge assim como uma forma de estudar e entender essas mudanças na sociedade e nas relações entre os indivíduos e a própria sociedade.

 

Escolas do Pensamento Sociológico

Actualmente, podemos afirmar que existem duas grandes escolas ou correntes do  pensamento sociológico: A Escola Funcionalista e a Escola do Conflito.
A Escola Funcionalista, de forte influência Durkheiminiana e das suas teorias positivistas, entende que a sociedade consiste num sistema do tipo biológico, ou seja, a sociedade funciona como um organismo biológico; num organismo biológico, se uma das partes tem algum problema, esse problema irá reflectir-se em todo o organismo. Deste pressuposto resulta que, para bem da sociedade, todos os seus membros (pessoas e instituições) devem agir da mesma forma, respeitando todos as mesmas normas sociais e quem não as respeitar sofre sanções. Outra conclusão deste princípio é a de que num organismo, cada uma das suas partes contribui para preservar o todo. Assim, também numa sociedade, cada um dos seus membros contribui para a manutenção da ordem social e da própria sociedade, com a comunicação a assumir aqui um papel de relevo.

Uma perspectiva derivada da Escola Funcionalista é o Funcionalismo Estrutural, muito em voga entre os sociólogos e os antropologistas no período entre o final da IIª Guerra Mundial e a Guerra do Vietname. Segundo esta perspectiva, toda a sociedade é composta por um conjunto de estruturas tais como os hospitais, as escolas, as fábricas, os legisladores, os tribunais, as forças da ordem, etc., cada uma das quais com funções próprias que procuram promover a estabilidade social.

Quanto à Escola do Conflito, surgida na década de 1960 por oposição à Escola Funcionalista, esta procura olhar para a sociedade, levando em conta os seus conflitos e as suas contradições. De facto, ao contrário da Escola Funcionalista que considera o conflito como prejudicial à sociedade, a Escola do Conflito entende que o conflito e o choque normativo é o que move os grupos e membros da sociedade e o que promove a mudança social. Nesta nova perspectiva, o grupo social passou a ser concebido como um equilíbrio de forças e não como uma relação harmónica entre órgãos, não suscetíveis às interferências do exterior.

Uma das origens da Escola do Conflito foi o socialismo marxista socialismo marxista, que defendia uma ideologia do conflito e do confronto de classes como forma de evolução social.

 

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