Conceito de Teoria Triárquica da
Inteligência
A Teoria
triárquica da inteligência de Sternberg (1994) enquadra-se nos
modelos sistémicos de inteligência, que se
distinguem
dos modelos ditos clássicos, habitualmente associados à inteligência
enquanto disposição do indivíduo. A teoria de Sternberg propõe então que
a inteligência humana pode ser conceptualizada com base em três formas
de inteligência: A inteligência analítica, que consiste naquela
que é habitualmente conotada como inteligência, isto é, associada às
tarefas escolares ou formativas, ao processamento da informação, aos
processos executivos de planeamento e resolução de problemas em
situações teóricas ou abstractas; a inteligência criativa,
associada à capacidade lidar e tornar automáticas as novas experiências,
através da manipulação de informação na geração de alternativas, na
criatividade e adaptação ao novo; e a inteligência prática, que
se caracteriza pela capacidade de adaptação ao contexto, às situações
práticas do quotidiano, nomeadamente na relação com o próprio, com os
outros e com as diferentes situações ou tarefas. Neste sentido, a teoria
triárquica da inteligência postula que esta se manifesta na interacção
com o meio, enquanto processo no qual participam factores internos
(cognitivos e de personalidade) e externos (os outros e o contexto) ao
indivíduo, sendo por isso integrada e designada por inteligência
funcional, implicando a capacidade de optimizar os recursos do
indivíduo no âmbito do seu contexto sócio-cultural, através da
maximização daqueles que se revelam adaptados e da compensação dos que
se revelam menos adaptados. A sua funcionalidade decorre assim da
integração das três formas de inteligência (analítica, crítica e
prática), podendo dizer-se que a inteligência se manifesta não só pela
capacidade de identificar problemas e encontrar as soluções adequadas,
mas também pela sua implementação ajustada aos objectivos do indivíduo e
aos contextos do meio. A inteligência pode então ser conceptualizada
enquanto capacidade de auto-governo mental, em que as diferenças
de cada indivíduo quanto à inteligência se manifestam por diferentes
estilos e níveis de adaptação.
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