Biografia de Rene Spitz
René Arpad Spitz,
psicanalista vienense nascido em 1887, Réne Spitz cresceu e estudou
medicina, perto de Sandor Ferenczi (1873 – 1933), também médico e
psicanalista conselheiro e amigo de Sigmund Freud (1856 – 1939).
René Spitz foi
analisado por Sigmund Freud, em 1911. Em 1930 tornou-se membro da
sociedade de psicanalise alemão, tendo contudo emigrado para os estados
unidos em 1938. Defensor dos trabalhos de Anna Freud, opôs-se aos
kleinianos e à conceção em especial de posição depressiva.
Interessou-se pelas primeiras relações objetais, pelos estádios, pelas
carências afetivas e pelos distúrbios da linguagem ligados às crianças
pequenas que viviam em instituições hospitalares. Este autor também foi
o criador de conceitos base em psicologia tais como:
Hospitalismo -
Alterações graves que podem ocorrer em crianças muito pequenas ( 0 - 18
meses) causadas pelo abandono dos pais, em especial a mãe, em
instituições hospitalares ou lares para menores. Estas alterações são
variadas e são descritas como mutismo, autismo, perturbações
psicossomáticas diversas, incapacidades diversas ao meio que o rodeia,
desenvolvimento físico com atrasos consideráveis.
Distingue-se da
depressão anaclítica pois refere-se a situações de abandono extremo
– períodos muito longos em meio institucional. Pode levar a perturbações
muito profundas tais como o enlouquecimento ou a psicose.
Depressão
Anaclítica -
ocorre pelo abandono que as crianças mais pequenas sofrem após ter sido
abandonadas pelas mães, sendo estas reconhecidas e terem convivido com
as crianças. Poderão surgir diversas perturbações, desde pequenas
alterações comportamentais até a perturbações de personalidade.
Angústia do 8º mês
ou do estranho
– é um marcador psicológico que vinca a diferença na
criança entre a mãe e todas as outras pessoas. Foi descrito por René
Spitz a propósito dos estudos com crianças de colo, em meio familiar
e institucional. A criança, por volta do 8º mês, começa a fazer a
diferença entre si e o outro e dos outros em relação à mãe, demonstrando
através de diversos comportamentos (choro, grito, lamuria, caretas), o
seu desagrado e recusa em estar no colo ou na companhia de outros que
não a mãe. Na teoria de René Sptiz, é considerado o 2º organizador da
mente humana.
Sorriso
(3º mês) - é um marcador psicológico importante na saúde mental
e caracteriza-se pelo reconhecimento da criança da mãe, a cuidadora que
lhe presta serviços (higiene, nutrição, calor, afeto, segurança).
Ao 3º mês a criança pequena começa a reconhecer a mãe - silhueta,
cheiro, voz – e sorri intencionalmente à sua aproximação.
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