Conceito de Síndrome de Wernicke-Korsakoff
A síndrome de
Wernicke-Korsakoff foi, originalmente, descrita como perturbações
distintas embora ambas sejam causadas por uma deficiência de tiamina e
apresentarem lesões subjacentes na matéria encefálica.
A síndrome de
Wernicke, também designada de encefalopatia alcoólica, é caracterizada
por oftalmoplegia, ataxia (que afeta principalmente a marcha), nistagmo
horizontal, paralisias orbital lateral e confusão mental, podendo
evoluir para um quadro demencial irreversível com presença de amnésia,
psicose e confabulação. É reversível com tratamento, ao contrário da
psicose de Korsakoff, em que só 20% dos pacientes conseguem recuperar. A
encefalopatia de Wernicke pode desaparecer espontaneamente em alguns
dias ou semanas, ou pode progredir para a psicose de Korsakoff.
A síndrome de
Wernick-Korsakoff está relacionada com a lesão de algumas áreas
cerebrais tais como: os neurónios dos corpos mamilares e do hipocampo,
lesões diencefálicas incluindo o núcleo dorsomedial do tálamo, áreas
dependentes de tiamina. Há também uma tendência para a perda de tecido
cerebral, sendo maior a perda de substância branca. Estudos clínicos
indicam, ainda, que o álcool pode provocar o retraimento cerebral
(“brain shrinkage”).
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