Conceito de Punição
A punição tem, no comportamento, o efeito oposto ao do reforço positivo.
Ou seja, enquanto o reforço produz um aumento do comportamento desejado,
a punição produz um decréscimo no comportamento não desejado, quando
este é seguido por um estímulo aversivo. Segundo Skinner, os efeitos da
punição não são permanentes, sendo que a punição apenas
produz
uma “supressão temporária” na resposta. O problema avançado nesta
hipótese é que não só são temporários os efeitos da punição, como a
punição em si mesma. Parece consensual que uma punição relativamente
intensa pode produzir um decréscimo a longo prazo ou até remissão do
comportamento que estava a ser alvo de punição.
Há alguns
fatores
que parecem influenciar a eficácia da punição. A forma como se apresenta
a punição (deve ser introduzida na sua máxima intensidade, uma vez que o
objetivo é eliminar o comportamento indesejado, e não moldar tolerância
ao estímulo aversivo); a imediaticidade da punição (esta é tanto mais
eficaz a diminuir a frequência da resposta, quanto mais rapidamente
suceder a resposta); o programa da punição (é mais eficaz punir todas as
respostas indesejadas, do que usar um programa de punição intermitente);
a motivação para a resposta (perceber o que mantem o comportamento e
diminuir o valor desse reforço); disponibilidade dos comportamentos
alternativos (a punição é mais eficaz quando se providencia uma forma
alternativa de manter o reforço) e a punição enquanto estímulo
discriminativo (sinal que prediz a disponibilidade de outro estímulo).
O uso da
punição
apresenta, contudo, algumas desvantagens como, por exemplo, elicitar
emoções negativas (raiva e medo), que interferem negativamente na
aprendizagem e desempenho, levar a comportamentos agressivos contra quem
aplica a punição e levar à supressão de comportamentos que não apenas
aqueles que estão a ser punidos.
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