Conceito de Processo Psicoterapêutico
O processo
psicoterapêutico é constituído por um conjunto de variáveis, entre as
quais, a relação terapêutica (estabelecida entre duas pessoas,
comummente designadas por psicoterapeuta - formado em psicologia clínica
ou psiquiatria e com formação complementar numa associação ou sociedade
científica de psicoterapia - e paciente/cliente/utente); o espaço
psicoterapêutico (clima espaço terapêutico no qual decorrem as sessões)
e o tempo do processo (perspectiva temporal que faz deste um processo ao
longo do tempo com diferentes fases de mudança). O processo é orientado
com base em objectivos terapêuticos estabelecidos e acordados entre as
duas pessoas que compõem a relação terapêutica, tendo em vista não só a
redução do mal-estar psicológico, mas também a promoção do bem-estar
psicológico da pessoa que procura o processo. O seu desenrolar pressupõe
então o estabelecimento de uma relação, caracterizada pela presença de
um ambiente contentor, que possibilite o estabelecimento de confiança e
segurança por parte do paciente, complementarmente ao desafio na tomada
de consciência daqueles que são os factores de manutenção do seu
mal-estar psicológico. Esta tomada de consciência permite ao indivíduo
não só a implementação de acções tendencialmente reparadoras, isto é,
que lhe permitam, através de diferentes perspectivas e comportamentos,
mudar o modo como funciona a cada momento, mas também
responsabilizar-lhe por estas mesmas acções e promover a sua autonomia.
Este afigura-se assim um dos objectivos centrais e transversais do
processo psicoterapêutico, na medida em que este não visa apenas a
resolução de queixas ou situações actuais, mas também a capacitação do
indivíduo para a resolução efectiva de dificuldades ou desafios que se
revelem no futuro ao nível intra (cognitivos, emocionais) ou
interpessoal (sociais).
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