Conceito de Personalidade
O tema
da personalidade tem exercido um enorme fascínio quer pela sociedade em
geral, como pelos psicólogos.
Ao longo
dos tempos o seu estudo tem encontrado destaque na tradição clínica;
tradição gestáltica; teoria experimental e da aprendizagem; tradição
psicométrica e na genética e fisiologia.
Do ponto
de vista mais leigo, existem vários sentidos nos quais a personalidade é
empregue, contudo sobressaem duas correntes. A primeira equipara a
personalidade às capacidades ou competências sociais – a personalidade
seria avaliada pela forma como o indivíduo consegue efetivamente
elicitar reações positivas em várias pessoas e circunstâncias. A segunda
equaciona a personalidade como uma impressão mais vincada que gera nos
outros (por exemplo, quando se diz que alguém tem uma “personalidade
agressiva”). Em ambas as correntes, as pessoas criam as suas impressões
dos outros, traçando a sua personalidade, através de uma qualidade ou
atributo típicos do sujeito.
Os psicólogos
têm avançado uma multiplicada de significados para a personalidade, que
tornam difícil chegar a uma grande definição. A título ilustrativo,
Allport (1937), selecionou quase 50 definições diferentes de
personalidade.
Contudo,
serão diferenciadas apenas dois grandes tipos de definições da
personalidade; uma perspetiva biossocial, que tem correspondência
com o ponto de vista leigo, que percebe a personalidade como o “valor da
impressão social” provocado pela pessoa, ou seja, a reação dos outros à
pessoa definiria a sua personalidade. Esta visão é contestada por
reduzir o individuo às reações que este provoca no outro. Assim, surge a
definição biofísica, que perspetiva a personalidade como
representante das características ou qualidades do sujeito, e
constituída por um lado orgânico, assim como um lado aparente.
As definições
de personalidade variam de acordo com preferência teórica. No entanto,
fica como exemplo a definição de Allport que diz que “personalidade é o
que um homem realmente é”, ou seja, o que é típico e característico em
cada um de nós.
Segundo
o DSM-IV-TR, os traços de personalidade são “padrões estáveis de
compreensão, relação e pensamento acerca do meio envolvente de si
próprio, que exprimem numa gama variada de contexto de natureza social e
pessoal”. No que à psicopatologia respeita, as perturbações da
personalidade seriam, assim, causadas pela inflexibilidade e
desadaptação desses traços, gerando incapacidade em termos funcionais ou
sofrimento subjetivo.
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